DA FOLHA RIBEIRÃO

Apesar de algumas cidades terem até 300 pedidos de queimas de propriedades locais, outros municípios da região de Ribeirão têm o privilégio de passar 2010 sem nenhuma queimada legal vinda da cana.
Isso porque não houve no sistema da Secretaria de Estado do Meio Ambiente nenhum pedido formal para autorização de queimada de canavial. Entre as cidades, estão Barrinha e Dumont.
Na opinião do pneumologista Marcos Arbex, membro do Laboratório de Poluição Atmosférica da USP (Universidade de São Paulo), cidades livres ou com redução da queima sentem os efeitos na saúde da população e nos custos com tratamentos hospitalares.
"Está comprovado que a quantidade maior de material particulado e de gases na atmosfera modifica as características do meio ambiente da região", disse Arbex.
O pneumologista é coordenador de um estudo na região de Araraquara em dois períodos, entre 2003 e 2004, e entre 2005 e 2007. A pesquisa mostra que durante as queimadas dobra a quantidade de material particulado na atmosfera e o atendimento a casos de pneumonia cresce até 60%.
Para Arbex, apesar do aspecto positivo de ter aumentado a mecanização no campo, o crescimento em si do número de áreas plantadas ainda torna a queima da cana motivo de preocupação na área da saúde.


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