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Comerciante é proibido de gritar para anunciar seus produtos em feira de Franca
DA FOLHA RIBEIRÃO
Feirante há 20 anos em
Franca, Paulo César Gadini,
44, está proibido, desde a semana passada, de vender seus
produtos no grito.
O silêncio ao feirante foi
imposto pela Prefeitura de
Franca. Segundo o diretor da
Divisão de Fiscalização da cidade, Ismael Xavier, Gadini
foi impedido de gritar para
anunciar seus produtos após
reclamações de moradores,
feirantes e clientes da feira
realizada aos domingos, na
avenida Major Nicácio.
Decreto da prefeitura de
2006 que regulamenta o funcionamento das feiras livres
proíbe a "algazarra" e os feirantes de propagarem "preço
em alta voz", segundo Xavier.
"Apenas uma meia dúzia de
vizinhos fica incomodado
porque vendo produtos mais
baratos", defende-se Gadini.
O feirante arma sua banca
de legumes e verduras às
quintas, sábados e domingos.
Só no domingo, porém, é que
anuncia os produtos aos berros de "três misturas por cinco, sete por dez". A promoção
vale para pacotes de legumes
misturados e folhagens.
O alerta para que parasse
de utilizar o grito para fazer
propaganda veio há um mês.
Na última semana, ele foi notificado oficialmente. "Disseram que seu eu continuar vão
cassar minha licença."
Gadini disse ter um advogado para cuidar do caso, mas
ainda não sabe se irá à Justiça
para continuar com a prática.
Frequentadores da feira se
dividem sobre o caso. "Não
precisa daquilo, incomoda
tanto que passa a ser gozação", afirmou o aposentado
Sebastião Donadelli, 81. Para
a dona de casa Diva Oliveira,
48, os gritos não atrapalham a
feira. "Está vendendo o que é
dele, deixa ele trabalhar."
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