Ribeirão Preto, Quarta-feira, 18 de Novembro de 2009

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Comerciante é proibido de gritar para anunciar seus produtos em feira de Franca

DA FOLHA RIBEIRÃO

Feirante há 20 anos em Franca, Paulo César Gadini, 44, está proibido, desde a semana passada, de vender seus produtos no grito.
O silêncio ao feirante foi imposto pela Prefeitura de Franca. Segundo o diretor da Divisão de Fiscalização da cidade, Ismael Xavier, Gadini foi impedido de gritar para anunciar seus produtos após reclamações de moradores, feirantes e clientes da feira realizada aos domingos, na avenida Major Nicácio.
Decreto da prefeitura de 2006 que regulamenta o funcionamento das feiras livres proíbe a "algazarra" e os feirantes de propagarem "preço em alta voz", segundo Xavier.
"Apenas uma meia dúzia de vizinhos fica incomodado porque vendo produtos mais baratos", defende-se Gadini.
O feirante arma sua banca de legumes e verduras às quintas, sábados e domingos. Só no domingo, porém, é que anuncia os produtos aos berros de "três misturas por cinco, sete por dez". A promoção vale para pacotes de legumes misturados e folhagens.
O alerta para que parasse de utilizar o grito para fazer propaganda veio há um mês. Na última semana, ele foi notificado oficialmente. "Disseram que seu eu continuar vão cassar minha licença."
Gadini disse ter um advogado para cuidar do caso, mas ainda não sabe se irá à Justiça para continuar com a prática.
Frequentadores da feira se dividem sobre o caso. "Não precisa daquilo, incomoda tanto que passa a ser gozação", afirmou o aposentado Sebastião Donadelli, 81. Para a dona de casa Diva Oliveira, 48, os gritos não atrapalham a feira. "Está vendendo o que é dele, deixa ele trabalhar."


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