Ribeirão Preto, Quarta-feira, 18 de Novembro de 2009

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Flanelinhas de Ribeirão terão de ter "ficha limpa"

Exigência de atestado de antecedentes criminais foi proposta em reunião

Guardador de carro terá que se registrar no Ministério do Trabalho e Emprego; Guarda Municipal e Polícia Militar vão fiscalizar


DA FOLHA RIBEIRÃO

Quem quiser atuar como guardador de carros em Ribeirão Preto, o popular flanelinha, terá de apresentar atestado de antecedentes criminais e se cadastrar no Ministério do Trabalho e Emprego. A proposta de regulamentar a atividade foi discutida ontem em reunião com a Promotoria, as polícias Civil e Militar, a Subdelegacia do Trabalho e a prefeitura.
Outra sugestão do promotor Carlos Cezar Barbosa, que coordenou a reunião, é criar um convênio com a prefeitura para que ela regularize em quais locais públicos os flanelinhas poderão atuar. Quem não estiver regularizado ficará impedido de atuar no espaço delimitado pelo município.
A expectativa da Promotoria é viabilizar a mudança até o fim do ano, mas o superintendente da Guarda Civil Municipal, André Tavares, disse acreditar que será preciso mais tempo.
Uma minuta do convênio será elaborada e entregue à prefeitura, para análise. A fiscalização ficará a cargo da Guarda Civil Municipal e das polícias. Ainda não foi definido se o controle se concentrará em festas pontuais, quando aumenta o volume de veículos e de guardadores de carros.
Como a Folha publicou no mês passado, nessas festas e nas ruas badaladas atuam os "gulas", como se auto-intitulam os flanelinhas que impõem preço, cobram antecipadamente e até intimidam os clientes. "Tem gente que faz aquele trabalho oportunista, se aproveita de grandes shows ou de um jogo de futebol importante [para extorquir]. Se conseguirmos implantar o novo sistema, será um modelo até para ser exportado", disse o promotor.
O registro da profissão, pela proposta, seria feito pela Gerência Regional do Trabalho e Emprego. O gerente Paulo Cristino da Silva informou que primeiro irá verificar com a sede em São Paulo como está sendo regularizada a profissão no Estado, para então tomar uma posição. Também aguardará a assinatura do convênio.
(VERIDIANA RIBEIRO E JULIANA COISSI)


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