Lucio Piton - 17.jan.98/Folha Imagem

O maestro Roberto Minczuk rege a Orquestra Sinfônica de Ribeirão Preto durante ensaio no Pedro 2º

da Folha Ribeirão

O equilíbrio entre a qualidade e o apelo popular será o ponto marcante do programa do concerto especial de Natal da Orquestra Sinfônica de Ribeirão Preto, que ocorre amanhã no Theatro Pedro 2º.
Regida pelo maestro Roberto Minczuk, que recebeu nesta semana o prêmio de melhor regente de 1998 pela APCA (Associação Paulista dos Críticos de Arte), a orquestra irá contar com o apoio do coral Exsultate, de São Paulo.
O programa será aberto pela 6ª Sinfonia de Beethoven opus 68, mais conhecida como Pastoral. Com seis movimentos, a sinfonia é toda baseada nas várias faces da natureza.
Cada um dos movimentos trabalha com um motivo campestre, como o despertar de sentimentos alegres à chegada ao campo, cenas à beira de um riacho e canto de pastores e tempestade.
"Os temas variam em cada movimento de acordo com a intenção do compositor em mostrar alguma característica da paisagem campestre", afirmou o maestro.
Em seguida, será executada a cantata Magnificat, do compositor Johann Sebastian Bach, com a participação de Exsultate, sob direção da maestrina Mônica Meira Vasques e com a presença de cinco solistas, além do coral.
"Essa obra de Bach será executada pela primeira vez em Ribeirão Preto e, com certeza, chamará a atenção do público pela grandiosidade", disse o maestro.
De acordo com o Minczuk, o público de Ribeirão terá a oportunidade de apreciar duas obras com uma combinação perfeita.
"Tendo em vista o clima do Natal, o concerto irá agradar a todo o tipo de público por conter obras grandiosas e de excelente bom gosto", disse o maestro.
Com relação ao prêmio recebido esta semana pela APCA, o maestro disse que ficou orgulhoso com a escolha.
"No ano passado, já havia recebido o prêmio de revelação na categoria de música erudita. O prêmio deste ano coroa um trabalho feito com seriedade e muito esforço tanto de minha parte quanto das pessoas que trabalham comigo", afirmou o maestro.
Para ele, o prêmio vem mostrar o reconhecimento da crítica pelo seu trabalho tanto dentro quanto fora do país.
"O reconhecimento do público é facilmente verificável quando terminam os concertos. Já o julgamento da crítica é muito severo."