Ribeirão Preto, Quarta-feira, 19 de Janeiro de 2011

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Aeroportos da região tentam atrair voos


Enquanto Leite Lopes recebe mais uma companhia aérea, outras cidades buscam alavancar aviação comercial

Araraquara recebeu três voos desviados de Ribeirão devido ao veto da Anac para pousos e decolagens com chuva

Silva Júnior/Folhapress
Aeronave da companhia aérea TAM realiza pouso na pista do aeroporto Leite Lopes, em Ribeirão, na noite de ontem

LEANDRO MARTINS
DE RIBEIRÃO PRETO

Enquanto em Ribeirão Preto o aeroporto Leite Lopes bate recordes de passageiros e se prepara para receber mais uma companhia aérea -a Azul-, outras cidades da região tentam alavancar a aviação comercial.
Franca, São Carlos, Araraquara e Barretos não receberam, durante todo o ano passado, um único passageiro proveniente de voos regulares. Essas cidades, porém, querem tirar seus terminais do quadro de subutilização.
No caso de Araraquara, o aeroporto Bartolomeu de Gusmão recebeu anteontem três voos desviados de Ribeirão. Isso ocorreu porque o Leite Lopes está proibido pela Anac, desde a quinta, de operar com a pista molhada.
A Prefeitura de Araraquara afirma que, em 2010, fez ao Estado um pedido de municipalização do terminal aéreo local. A administração diz que, se assumir o controle do aeroporto, poderá fazer investimentos para que o local receba voos diários.
Em São Carlos, de acordo com o secretário de Planejamento e Gestão, Rosoé Francisco Donato, a prefeitura também já pediu ao Estado investimentos no aeroporto Mário Pereira Lopes.
O principal pedido é a ampliação da pista, que hoje é de 1.700 metros -a menor dentre as quatro cidades.
O investimento, segundo Donato, tem como objetivo não apenas fomentar a aviação comercial na cidade, mas também garantir o pouso de aviões maiores para o centro de manutenção da TAM, que fica ao lado do terminal.

BARRETOS
Outra cidade que pleiteia entrar na rota de voos domésticos é Barretos. O prefeito Emanoel Carvalho (PTB) disse que a cidade tem demanda ao menos para uma ligação aérea com Ribeirão -para o acesso de empresários e de pacientes e médicos que vão ao Hospital de Câncer.
Durante a tradicional Festa do Peão, em agosto, Barretos já recebe grande volume de voos fretados.
Carvalho já vê no aeroporto da cidade boas condições estruturais. Por isso, uma negociação para a rota Barretos-Ribeirão chegou a ser feita com a Passaredo.
Por meio de sua assessoria, a companhia confirmou a conversa em 2010, mas disse que a ideia não avançou.
Uma das principais barreiras para a entrada de companhias aéreas nas cidades é a rentabilidade das rotas.
Em Franca, segundo maior município da região, o secretário do Desenvolvimento, Alexandre Ferreira, disse que há interesse em voos regulares, mas que entende o argumento das empresas aéreas.
"As companhias julgam que é inviável. Não adianta só a gente querer, se o voo vai ser deficitário", afirmou.


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