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TJ de São Paulo dá habeas corpus a dois foragidos
DA FOLHA RIBEIRÃO, EM CATANDUVA
Na noite de ontem, o Tribunal de Justiça de SP acatou os
pedidos de revogação da prisão
temporária feita pelos advogados do médico Wagner Rodrigo
Brida Gonçalves e do empresário José Emmanuel Volpon
Diogo. Ambos os pedidos foram
baseados em falta de provas.
No início dos trabalhos de
ontem, na Câmara de Catanduva, o senador Magno Malta pediu que a Polícia Federal fosse
acionada para garantir que os
dois, que estavam foragidos,
prestassem depoimento à CPI
hoje. No final do dia, por volta
das 18h20, porém, Malta anunciou o habeas corpus.
"Nós aqui trabalhando e
acontece uma vergonha dessas
para nos desmoralizar", disse.
A notícia interrompeu o depoimento de Solange Berrison,
anunciada como amante de
Volpon Diogo, que alegou, em
defesa do empresário, que o
acompanhava todas as vezes
em que a camionete preta de
Diogo, citada por algumas
crianças e pelo diretor da escola
municipal Nelson de Macedo
Muza, foi vista na porta da escola onde estudam as vítimas.
Solange, que alegou diversas
vezes que Diogo era inocente,
sorriu no momento do anúncio
do habeas corpus e foi alvo de
xingamentos por parte das
mães de vítimas que estavam
no plenário. Ela teve de deixar o
prédio escoltada pela Polícia
Militar. Uma mãe passou mal e
saiu de ambulância.
O advogado José Luís Oliveira Lima, que defende o médico,
disse que "há pouquíssimas
chances" de seu cliente atender
à convocação da CPI hoje.
"Ainda não consegui falar
com meu cliente. Tão logo ele
seja convocado formalmente,
ele não se furtará de prestar depoimento. No entanto, acho
improvável que isso aconteça
até amanhã [hoje]."
Para Adriano Vanni, que defende Volpon Diogo, a falta de
provas contra seu cliente é latente. "Sua relação com o bairro [onde fica a escola] se resume à um relacionamento que
ele tinha, como já foi dito."
A Polícia Federal disse ter recebido o ofício da CPI e que já
iniciou trabalhos para identificar o paradeiro de ambos.
"Não são mais foragidos, mas
continuam convocados pela
CPI", disse Romeu Tuma.
Hoje, os senadores devem
convocar pelo menos dois novos suspeitos, ainda não revelados, para depor.
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