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Novo coordenador da USP foca em serviços
De acordo com José Moacir Marin, projeto é expandir moradias estudantis, restaurante, agências bancárias e segurança
Professor assume unidade com 260 alqueires, além de 8.500 alunos de graduação e pós, 950 docentes e ainda com 1.900 servidores
DA FOLHA RIBEIRÃO
Novas moradias estudantis,
novo refeitório e mais câmeras
de segurança. O campus da USP
(Universidade de São Paulo)
em Ribeirão Preto está em
obras para atender o crescimento do número de estudantes, impulsionado por novos
cursos oferecidos, de direito e
educação física.
À Folha o novo coordenador
do campus, José Moacir Marin,
50, da Faculdade de Odontologia quer, ainda, reativar a conversa com o município para a
criação do parque na Pedreira
Santa Luzia. Leia, a seguir, trechos da entrevista.
(JULIANA COISSI)
FOLHA - O senhor assume como
coordenador e não mais prefeito do
campus. Qual a diferença?
JOSÉ MOACIR MARIN - Separou-se
agora o caráter político e o executivo da função. Foi criado o
conselho gestor do campus, para planejar politicamente o
campus nos próximos anos, por
exemplo, discutir vagas de novos cursos. A função do coordenador passa a ser de cuidar do
dia a dia do campus, construção
de prédios, mais segurança.
FOLHA - Qual será sua prioridade
como coordenador?
MARIN - Temos que trabalhar
com a nova área de serviços:
novo restaurante, novas agências bancárias e moradias estudantis. O restaurante já está
sendo construído. Também está em obras a vila estudantil,
um conjunto de quatro edifícios de alojamento. Dois deles
estão em construção e outros
dois entrarão em licitação e devem ficar prontos até o primeiro semestre do ano que vem.
FOLHA - Serão criadas quantas novas vagas?
MARIN - Serão 34 vagas em cada
prédio, sendo 68 para este ano e
outras 68 para o ano que vem.
Hoje, temos de 80 a 100 vagas
nas moradias. Nosso foco é que
as áreas de serviços fiquem
prontas para que possa desafogar o campus. Agências bancárias serão pelo menos três, Santander Banespa, Bradesco e
Nossa Caixa. Talvez Real.
FOLHA - O campus vem sofrendo
com furtos em agências e caixas. O
que fará para impedir?
MARIN - Estamos melhorando
o telemonitoramento. Vamos
ampliar o alcance com a instalação de câmeras no alto do HC.
Pedimos veículos e guardas.
FOLHA - Qual será o impacto do
Parque Tecnológico no campus?
MARIN - Muito grande, porque
representa uma integração entre o conhecimento instalado
nas unidades e o desenvolvimento de tecnologias. No parque poderá ter um laboratório
de certificação de produto médico-hospitalar, odontológico.
FOLHA - Além das moradias, a chegada de novos alunos tem provocado outras demandas?
MARIN - O restaurante já é uma
resposta direta dessa demanda.
Estamos servindo 3.500 refeições ao dia. Então, a pressão
desses novos alunos provoca
aumento de linhas de ônibus,
refeições e até a moradia.
FOLHA - No ano passado, a USP e a
prefeitura viveram um impasse com
o Museu do Café. A Prefeitura do
Campus queria assumir o museu. O
senhor manterá essa posição?
MARIN - Até onde eu sei, as conversas estavam paradas. Estamos esperando sinal do município, que se manifestem.
FOLHA - Mas, na sua opinião, é melhor a administração do museu ficar
com a USP ou a com prefeitura?
MARIN - O problema é que preciso ter em mãos o quanto custa
reformar aquilo. Já outro ponto pendente que temos interesse é a Pedreira Santa Luiza. Temos uma parte e a prefeitura,
outra, além de uma pequena
área particular ao fundo. Essa
pedreira é linda, tem nascentes.
A última administração disse
que tinha interesse em fazer
um parque no local. Vamos retomar a conversa.
FOLHA - E o projeto de restaurar o
Hotel Brasil?
MARIN - Até onde me foi informado, a USP não pretende levar esse projeto adiante. Primeiro, porque o custo de restauração do Edifício Brasil é
muito elevado. Não podemos
gastar uma fortuna na restauração sem uma garantia da prefeitura de que ela irá revitalizar
o entorno. Será enterrar muito
dinheiro numa área degradada.
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