Ribeirão Preto, Domingo, 19 de Abril de 2009

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Novo coordenador da USP foca em serviços

De acordo com José Moacir Marin, projeto é expandir moradias estudantis, restaurante, agências bancárias e segurança

Professor assume unidade com 260 alqueires, além de 8.500 alunos de graduação e pós, 950 docentes e ainda com 1.900 servidores

DA FOLHA RIBEIRÃO

Novas moradias estudantis, novo refeitório e mais câmeras de segurança. O campus da USP (Universidade de São Paulo) em Ribeirão Preto está em obras para atender o crescimento do número de estudantes, impulsionado por novos cursos oferecidos, de direito e educação física.
À Folha o novo coordenador do campus, José Moacir Marin, 50, da Faculdade de Odontologia quer, ainda, reativar a conversa com o município para a criação do parque na Pedreira Santa Luzia. Leia, a seguir, trechos da entrevista. (JULIANA COISSI)

 

FOLHA - O senhor assume como coordenador e não mais prefeito do campus. Qual a diferença?
JOSÉ MOACIR MARIN
- Separou-se agora o caráter político e o executivo da função. Foi criado o conselho gestor do campus, para planejar politicamente o campus nos próximos anos, por exemplo, discutir vagas de novos cursos. A função do coordenador passa a ser de cuidar do dia a dia do campus, construção de prédios, mais segurança.

FOLHA - Qual será sua prioridade como coordenador?
MARIN
- Temos que trabalhar com a nova área de serviços: novo restaurante, novas agências bancárias e moradias estudantis. O restaurante já está sendo construído. Também está em obras a vila estudantil, um conjunto de quatro edifícios de alojamento. Dois deles estão em construção e outros dois entrarão em licitação e devem ficar prontos até o primeiro semestre do ano que vem.

FOLHA - Serão criadas quantas novas vagas?
MARIN
- Serão 34 vagas em cada prédio, sendo 68 para este ano e outras 68 para o ano que vem.
Hoje, temos de 80 a 100 vagas nas moradias. Nosso foco é que as áreas de serviços fiquem prontas para que possa desafogar o campus. Agências bancárias serão pelo menos três, Santander Banespa, Bradesco e Nossa Caixa. Talvez Real.

FOLHA - O campus vem sofrendo com furtos em agências e caixas. O que fará para impedir?
MARIN
- Estamos melhorando o telemonitoramento. Vamos ampliar o alcance com a instalação de câmeras no alto do HC. Pedimos veículos e guardas.

FOLHA - Qual será o impacto do Parque Tecnológico no campus?
MARIN
- Muito grande, porque representa uma integração entre o conhecimento instalado nas unidades e o desenvolvimento de tecnologias. No parque poderá ter um laboratório de certificação de produto médico-hospitalar, odontológico.

FOLHA - Além das moradias, a chegada de novos alunos tem provocado outras demandas?
MARIN
- O restaurante já é uma resposta direta dessa demanda. Estamos servindo 3.500 refeições ao dia. Então, a pressão desses novos alunos provoca aumento de linhas de ônibus, refeições e até a moradia.

FOLHA - No ano passado, a USP e a prefeitura viveram um impasse com o Museu do Café. A Prefeitura do Campus queria assumir o museu. O senhor manterá essa posição?
MARIN
- Até onde eu sei, as conversas estavam paradas. Estamos esperando sinal do município, que se manifestem.

FOLHA - Mas, na sua opinião, é melhor a administração do museu ficar com a USP ou a com prefeitura?
MARIN
- O problema é que preciso ter em mãos o quanto custa reformar aquilo. Já outro ponto pendente que temos interesse é a Pedreira Santa Luiza. Temos uma parte e a prefeitura, outra, além de uma pequena área particular ao fundo. Essa pedreira é linda, tem nascentes. A última administração disse que tinha interesse em fazer um parque no local. Vamos retomar a conversa.

FOLHA - E o projeto de restaurar o Hotel Brasil?
MARIN
- Até onde me foi informado, a USP não pretende levar esse projeto adiante. Primeiro, porque o custo de restauração do Edifício Brasil é muito elevado. Não podemos gastar uma fortuna na restauração sem uma garantia da prefeitura de que ela irá revitalizar o entorno. Será enterrar muito dinheiro numa área degradada.


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