Ribeirão Preto, Terça-feira, 19 de Maio de 2009

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Região cria 3.555 vagas, mas é o pior abril

Só em 2002, mês registrou menos contratações do que em abril passado; resultado, porém, é o primeiro positivo do ano

Em Ribeirão, Ministério do Trabalho e Emprego registrou 597 novos empregados com registro em carteira, contra os 1.948 de abril de 2008


DA FOLHA RIBEIRÃO

As dez maiores cidades da região de Ribeirão Preto criaram, juntas, 3.555 novas vagas de trabalho em abril. O saldo é o pior para o mês desde 2002, porém, representa o primeiro resultado positivo deste ano. Os números são do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), do Ministério do Trabalho e Emprego.
No histórico do mês de abril, o pior saldo nos últimos oito anos havia sido de 3.968 vagas criadas, em 2004. Mais baixo que o mês passado, apenas em 2001, quando foram criados 2.801 empregos formais -o levantamento é feito desde 1999.
Em 2009, o saldo foi negativo nos três primeiros meses. Em janeiro, houve 1.890 demissões a mais do que contratações. Em fevereiro, o saldo negativo foi de 771 postos de trabalho e, em março, de 1.439.
Em Ribeirão Preto, o Ministério registrou 597 novos empregados com registro em carteira, em abril. O número é bem menor do que os 1.948 registrados no mesmo mês do ano passado, porém, maior que o saldo negativo de quatro vagas, registrado em março de 2009.
Puxaram para cima o índice de Ribeirão o setor de serviços (243 postos), construção civil (193) e comércio (181).
"O setor está otimista em relação à manutenção do crescimento das contratações. É claro que não no ritmo eufórico que vivemos no ano passado, mas sempre à frente do PIB do Brasil", disse o gerente regional do SindusCon (Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo), José Batista Ferreira.
O destaque positivo para a região foi a cidade de Franca, que vive época de contratações no setor calçadista e contratou 843 pessoas a mais do que demitiu, o 17º melhor desempenho do Estado.
Para os empresários do ramo, no entanto, o número é baixo, uma vez que caiu quase que pela metade em relação a março, com saldo de 1.520.
"O fato de continuarmos contratando é bom, mas preocupa a queda em relação ao mês anterior, uma vez que contratações refletem a quantidade de pedidos e contratos firmados. Estamos em época de contratação e a tendência é que mantivéssemos crescimento", disse José Carlos Brigagão do Couto, presidente do sindicato das indústrias de Franca.
Fora das maiores cidades, Pontal aparece como a 3ª cidade no Estado que mais contratou (2.415 pessoas), em virtude do início da safra nas usinas da região. Em Bebedouro, que vive desaquecimento da indústria citricultora local, o saldo foi negativo de 886 postos.


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