Ribeirão Preto, Quarta-feira, 19 de Maio de 2010

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Deinter diz não saber que delegado era investigado

O ex-seccional de Ribeirão Preto é alvo de apuração da Corregedoria desde 2008

O ex-delegado seccional Wanir José da Silveira Júnior, que deixou o cargo na última sexta, é suspeito de enriquecimento ilícito


HÉLIA ARAUJO
DA FOLHA RIBEIRÃO

O diretor do Deinter 3 (Departamento de Polícia Judiciária do Interior), Valmir Granucci, disse não saber que o ex-delegado seccional de Ribeirão Wanir José da Silveira Jr era investigado pela Corregedoria desde o fim de 2008 por suspeita de enriquecimento ilícito.
"Se soubesse que havia essa investigação, ele [Wanir] teria sido afastado do cargo até a conclusão do fato. Se não concordasse com o afastamento, certamente iria entrar com um recurso para que ele deixasse o cargo", disse Granucci.
Silveira Júnior pediu exoneração do cargo de seccional na última sexta-feira alegando problemas de saúde.
Segundo o delegado corregedor Marcus Lacerda, a investigação foi aberta no final de 2008, quando Silveira Júnior ainda era delegado titular da DIG (Delegacia de Investigações Gerais) de Franca.
Ele e outros seis policiais civis são suspeitos de exigir propina de pessoas envolvidas com desmanches de veículos e venda de CDs e DVDs piratas.
Apesar da investigação, nos últimos dois anos Silveira Júnior foi promovido a delegado titular das seccionais de São Carlos, Barretos e Ribeirão.
"Não há nada provado contra o delegado, por isso não posso julgar a ascensão dele", afirmou o diretor do Deinter 3.
De acordo com a Corregedoria, foi pedida a quebra dos sigilos bancário e fiscal de todos os envolvidos na investigação, mas o Tribunal de Justiça indeferiu o recurso alegando que havia outras medidas disponíveis para a investigação.
A Folha tentou ouvir Silveira Junior ontem, por telefone, mas ele não foi localizado.
Na última semana, quatro policiais civis de Franca também foram afastados de seus cargos por suspeita de participação em crimes. Dois deles são acusados de furtar quatro máquinas caça-níqueis que estavam no pátio da Polícia Civil.
Os outros dois são acusados de concussão (extorsão cometida por funcionário público).


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