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Usinas apostam na produção de energia
FREE-LANCE PARA A FOLHA RIBEIRÃO
As usinas da região de Ribeirão
Preto esperam reviver o auge do
programa Proálcool com a co-geração de energia elétrica por meio
do bagaço da cana.
A usina São Francisco, de Sertãozinho, que já utiliza 100% da
própria energia para se manter,
está tentando conseguir um financiamento do BNDES (Banco
Nacional de Desenvolvimento
Econômico e Social) para a ampliação da quantidade de energia
elétrica produzida pelo processo.
Além da São Francisco, as outras 44 usinas de álcool e açúcar
da região são auto-suficientes em
produção de energia para consumo próprio e podem expandir o
potencial, co-gerando e vendendo
energia para concessionárias.
Segundo o empresário Maurílio
Biagi, se houvesse mais investimentos nesse tipo de energia, a região conseguiria suprir 10% da
matriz energética no país.
"A maioria dos usineiros da região estão procurando alternativas perante o governo para conseguirem ampliar a produção da
energia. Hoje, pode-se aproveitar
toda a cana-de-açúcar. Já está
provado que ela não serve somente como matéria-prima para o álcool e o açúcar", diz.
Para Biagi, a co-geração de
energia por meio da queima do
bagaço da cana é uma maneira
viável de se resolver o problema
da falta de energia no país.
"A falta de energia é um problema mundial e a utilização do bagaço como fonte alternativa é
uma solução viável", disse.
Para o promotor Marcelo Goulart, o uso da cana como fonte alternativa de energia não justifica a
monocultura na região.
"A cana pode ter muitas utilidades, mas representar 94% da produção agrícola do município é demais", afirma Goulart.
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