Ribeirão Preto, Terça-feira, 19 de Junho de 2001

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Usinas apostam na produção de energia

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As usinas da região de Ribeirão Preto esperam reviver o auge do programa Proálcool com a co-geração de energia elétrica por meio do bagaço da cana.
A usina São Francisco, de Sertãozinho, que já utiliza 100% da própria energia para se manter, está tentando conseguir um financiamento do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) para a ampliação da quantidade de energia elétrica produzida pelo processo.
Além da São Francisco, as outras 44 usinas de álcool e açúcar da região são auto-suficientes em produção de energia para consumo próprio e podem expandir o potencial, co-gerando e vendendo energia para concessionárias.
Segundo o empresário Maurílio Biagi, se houvesse mais investimentos nesse tipo de energia, a região conseguiria suprir 10% da matriz energética no país.
"A maioria dos usineiros da região estão procurando alternativas perante o governo para conseguirem ampliar a produção da energia. Hoje, pode-se aproveitar toda a cana-de-açúcar. Já está provado que ela não serve somente como matéria-prima para o álcool e o açúcar", diz.
Para Biagi, a co-geração de energia por meio da queima do bagaço da cana é uma maneira viável de se resolver o problema da falta de energia no país.
"A falta de energia é um problema mundial e a utilização do bagaço como fonte alternativa é uma solução viável", disse.
Para o promotor Marcelo Goulart, o uso da cana como fonte alternativa de energia não justifica a monocultura na região.
"A cana pode ter muitas utilidades, mas representar 94% da produção agrícola do município é demais", afirma Goulart.


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