Ribeirão Preto, Sexta-feira, 19 de Junho de 2009

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Passei a vender mais meus livros depois da internet, diz Xico Sá

Cronista é convidado para o Salão de Ideias amanhã, às 15h, na Feira do Livro

DA FOLHA RIBEIRÃO

Jornalista, escritor e cronista que transita entre futebol, relacionamentos amorosos e boemia, Xico Sá, 46, é o convidado para debate amanhã, às 15h, na 9ª Feira de Livro de Ribeirão Preto. Ele conta que passou a vender mais seus livros quando ingressou na internet. Um dos livros que caíram na rede foi baixado por 22 mil visitantes. Leia trechos da entrevista. (JC)

 

FOLHA - O sr. decidiu lançar aqui em Ribeirão a terceira edição do livro "Modos de Macho e Modinhas de Fêmea", de 2003, com novidades.
XICO SÁ
- Sim. A terceira edição inclui crônicas novas, dentro do mesmo tema, homem e mulher. Em 1997, na Folha, passei a fazer a "Coluna Macho". O núcleo inicial eram as cartas dos leitores, mas a coluna virou uma espécie de consultório sentimental. Depois eu os reuni no livro.

FOLHA - Com a internet, surgiram muitos blogs, além de canais de TV debatendo o relacionamento entre homem e mulher. O que acha deles?
XICO
- Acho que os programas ainda têm muita coisa na cola do "Sex in The City", de buscar a comédia. Acho legal ter mais o trágico, a dor. Quanto aos blogs, no caso dos blogs delas, tem essa coisa de triunfo, um puta respiro que a mulher tem agora de poder falar. No caso dos homens, o que tenho tirado onda é desse "macho perdido", de classe média urbana, que tem medo do amor, da traição.

FOLHA - Qual a diferença em escrever para blog e para livro?
XICO
- Olha, o curioso é que passei a vender mais os meus livros quando comecei a escrever no blog. Acho que é só a velocidade, mesmo. Uso o computador quase como uma velha máquina de escrever. A grande vantagem do blog é a interação com os leitores. Antes, demorava dois dias para chegar uma carta de um leitor na Redação.

FOLHA - Em feiras, sobre o que o público mais pergunta: mulher, futebol ou boemia?
XICO
- Alguns perguntam de uma crônica de futebol ou outra, mas a grande questão é mesmo homem e mulher.

FOLHA - Qual autor te traduz?
XICO
- Minha formação é da linha de cronistas: João do Rio, Antônio Maria, uma pitada de Rubens Braga, Paulo Mendes Campos. É essa crônica de jornal. E nem falo do que é imoral, Nelson Rodrigues. A minha crônica só existe por causa dele.

FOLHA - Qual a dificuldade em formar um público leitor?
XICO
- Há um público leitor até grande no Brasil, mais muito de autoajuda. Em literatura, é pequeno. Mas o de internet é grande, por isso o que eu puder disponibilizar na internet, eu faço, mesmo com o protesto da editora. Um livro meu já foi baixado por 22 mil pessoas. E o curioso é que ele passou a vender mais depois.


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