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Papel sintético terá produção industrial
UFSCar assina contrato com a empresa que produzirá o material
Custo ainda é alto: uma folha de papel ecológico custa cerca de R$ 8, quatro vezes mais
que o papel-cuchê
DE RIBEIRÃO PRETO
O contrato de licenciamento do papel sintético ecológico, único no mundo feito
de plástico reciclado a partir
de tecnologia desenvolvida
pela UFSCar (Universidade
Federal de São Carlos), foi assinado na última semana.
Com a assinatura do contrato, o papel sintético agora
será comercializado em escala industrial pela empresa Vitopel, que também auxiliou
na pesquisa. A empresa investiu cerca de R$ 4 milhões
no projeto na fase industrial.
A pesquisa começou em
1996, financiada pela Fapesp
(Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo). Agora, com a produção
em escala industrial, os pesquisadores e a empresa esperam diminuir os custos e viabilizar cada vez mais a tecnologia. Atualmente, uma folha
de papel ecológico custa cerca de R$ 8, quatro vezes mais
que o papel-cuchê.
O material de plástico
-que pode ser retirado de sacolas e garrafas- é reciclado,
depois triturado e submetido
a um tratamento químico desenvolvido pelos pesquisadores. Cada tonelada do papel ecológico usa cerca de
850 quilos de lixo plástico.
O resultado é a produção
de papel plástico parecido
com o papel-cuchê -normalmente usado em revistas e folhetos de publicidade- e pode ser utilizado em rótulos,
encartes, outdoors, etiquetas
e convites. Também é possível escrever, com caneta ou
lápis, no papel ecológico,
com a vantagem de a folha
não molhar, nem rasgar.
Cerca de 100 mil livros didáticos de informática já foram impressos com esse material e repassados ao centro
Paula Souza, em contrato
com a Fundação Anchieta.
O livro "Para Onde nós Vamos? Os Roteiros de Viagem
da Família Müller", uma
aventura ecológica lançada
neste ano, foi o primeiro publicado usando a tecnologia.
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