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Deputados-candidatos gastam R$ 4,1 mi
Verbas de gabinete não incluem salários e foram usadas para viagens, impressão de materiais e combustíveis
Políticos fizeram 761 projetos e propostas, a maioria deles "sem relevância", segundo a Transparência Brasil
ARARIPE CASTILHO
DE RIBEIRÃO PRETO
Os seis deputados estaduais da região candidatos à
reeleição gastaram, juntos,
R$ 4,1 milhões com as "verbas indenizatórias" ou "de
gabinete" entre março de
2007, quando tomaram posse, e agosto deste ano.
O valor não inclui salários
e envolve despesas com impressão de materiais, viagens, combustíveis e hospedagens, entre outros. Os gastos são pagos pelos deputados, que depois pedem reembolso à Assembleia.
No mesmo período, Baleia
Rossi (PMDB), Gilson de Souza (DEM), Rafael Silva (PDT),
Roberto Engler (PSDB), Roberto Massafera (PSDB) e Uebe Rezeck (PMDB) fizeram,
também juntos, 761 projetos
de lei e outras propostas.
A maior parte dessa produção, no entanto, é considerada "sem relevância" pela ONG Transparência Brasil,
que acompanha o trabalho
de deputados de todo o país.
A ONG considera irrelevantes homenagens a pessoas e instituições, batismos
de locais públicos, títulos como cidade-símbolo, cidade-irmã e convocações para sessões solenes e especiais.
Engler foi quem mais
reembolsou verbas indenizatórias. Foram R$ 750,02 mil
em 42 meses de mandato,
conforme levantamento feito
pela Folha. No site do projeto
Excelências, do Transparência Brasil, Engler aparece como autor de 62 propostas,
50% sem relevância.
O campeão de projetos irrelevantes, porém, foi outro
tucano. Massafera tem 177
projetos e 79% deles foram
classificados pela ONG no
grupo das sem relevância para a sociedade. Indenizatórias: R$ 740,07 mil.
Entre os deputados da região, o segundo em quantidade de propostas sem importância no ranking é Uebe
Rezeck, com 78% de irrelevância entre 142 textos apresentados na legislatura.
Rafael Silva é o parlamentar-candidato mais produtivo entre os locais (241 projetos), mas tem 70% de proposições não relevantes. O pedetista pediu reembolso de
R$ 717,84 mil.
Os deputados Gilson de
Souza e Baleia Rossi tiveram,
respectivamente, gastos de
R$ 639,52 mil e R$ 527,9 mil e
registraram percentuais de
propostas sem relevância de
44% para o primeiro e 27%
para o segundo.
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