Ribeirão Preto, Quinta-feira, 19 de Novembro de 2009

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Corrigir reforma em escola custará R$ 1 mi

Obra na maior escola da rede municipal de Ribeirão durou um ano e meio, consumiu R$ 4,43 mi, mas deixou problema

Reforma foi realizada na administração anterior, que notificou a Conágua por não terminar obra; em março, firma foi multada


Edson Silva/Folha Imagem
Área da escola municipal Dom Luiz do Amaral Mousinho, cuja reforma não foi erminada; à esq., alunos na quadra construída em 2007

VERIDIANA RIBEIRO
DA FOLHA RIBEIRÃO

A Prefeitura de Ribeirão Preto vai precisar gastar cerca de R$ 1 milhão para corrigir erros na reforma de R$ 4,43 milhões que foi feita na escola Dom Luiz do Amaral Mousinho, a maior da rede, com cerca de 2.000 alunos. A obra foi realizada pela Conágua Comercial na gestão anterior, do prefeito Welson Gasparini (PSDB).
Segundo o secretário de Obras de Ribeirão, Abranche Fuad Abdo, a nova licitação deve ser aberta nos próximos dias para que as obras sejam feitas durante as férias escolares.
Contratada em dezembro de 2005, a Conágua teria que executar a reforma por R$ 3,66 milhões, no prazo máximo de seis meses. A obra, no entanto, só foi entregue após um ano e meio, de maneira provisória, e custou R$ 770 mil a mais.
Na administração anterior, a prefeitura chegou a notificar a empresa sobre a necessidade de continuidade das obras e encaminhou o caso à Corregedoria do município. A empresa, no entanto, só foi multada em março deste ano. Valor da multa: R$ 886 mil.
A Conágua ainda não pagou a multa e deve ser inscrita no setor de dívida ativa, para cobrança judicial.
Alunos da escola reclamam do calor nas salas. Parte dos ventiladores não funciona por problemas na rede elétrica. O teto das salas tem infiltrações que provocam goteiras e danos na rede.
As falhas estão descritas em um relatório feito pela empresa Barros Vinholis, contratada por R$ 7.900 para diagnosticar problemas na obra.
O documento, ao qual a Folha teve acesso, aponta, por exemplo, que o telhado da escola não foi construído com inclinação suficiente, o que impede o escoamento correto da água. Isso causa infiltrações e danos na rede elétrica, que está subdimensionada.
Outro problema grave é o sistema de proteção e combate a incêndio ter ficado inacabado. Segundo a secretária da Educação, Débora Vendramini, o prédio não tem aprovação do Corpo de Bombeiros.
A secretária disse não descartar a possibilidade de os alunos serem transferidos para salas do Centro Universitário Moura Lacerda antes do fim do ano letivo, em 23 de dezembro.


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