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Atendimento de urgência na saúde cresce 32% na região
Gripe suína e procura desnecessária de serviços da rede por parte da população explicam alta, segundo as prefeituras
Ribeirão Preto atendeu neste ano 462 mil casos de urgência, mais do que o dobro do ano passado; Sertãozinho teve queda
JULIANA COISSI
DA FOLHA RIBEIRÃO
As consultas e atendimentos
de urgência em saúde na rede
pública cresceram 32,4% nas
dez maiores cidades da região
de Ribeirão Preto neste ano,
com aumentos expressivos em
alguns municípios.
O volume explodiu, por
exemplo, em Ribeirão: foram
462 mil atendidos até setembro, ante 224 mil no mesmo período do ano passado, segundo
o Datasus. Em Araraquara, a alta foi de 348,2%. Sertãozinho,
vizinha a Ribeirão, por sua vez,
teve queda nos atendimentos
(veja quadro nesta página).
Na opinião da secretária da
Saúde de Ribeirão, Carla Palhares, uma das principais razões é
que a população incha as
UBDSs (Unidades Básicas Distritais de Saúde) -60% dos casos não eram de urgência.
Segundo Palhares, isso ocorre porque o paciente não quer
esperar a consulta agendada na
UBS ou sua doença não se confirma pelo médico como sendo
urgente. E é comum apenas pedidos de atestados médicos.
Outra razão é que houve demanda inesperada na rede pública por causa da gripe suína.
"Convocamos as pessoas para
ir às unidades de saúde. Se antes, com uma gripe comum, ela
esperava em casa, desta vez
correu para as unidades."
A gripe também é uma das
justificativas apontadas pelas
prefeituras da região. Em São
Carlos, o secretário da Saúde,
Arthur Pereira, disse que a alta
também ocorreu porque há
mais médicos na rede para
atender e porque dobraram as
equipes de urgência criadas no
Hospital-Escola.
Em Araraquara, o coordenador municipal da urgência e
emergência, Emerson Carlos,
disse que a gestão anterior não
enviou os dados para o Ministério da Saúde, o que gerou distorção. Segundo ele, os atendimentos de urgência caíram pela metade, na realidade.
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