|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
MEIO AMBIENTE
Usina é a primeira do Brasil a ser construída com investimentos estatal e da iniciativa privada
FHC inaugura hidrelétrica em Igarapava
CRISTIANE BARÃO
enviada especial a Igarapava
O presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) colocou ontem em funcionamento a primeira
das cinco turbinas da Usina Hidrelétrica de Igarapava construída no
rio Grande, na divisa dos Estados
de São Paulo e Minas Gerais.
A usina é a primeira do Brasil
com investimentos estatal e da iniciativa privada. Além da Cemig
(Companhia Energética de Minas
Gerais), participam do consórcio a
Mineração Morro Velho, Grupo
Votorantin e CSN (Companhia Siderúrgica Nacional).
Toda a energia gerada pela usina,
cerca de 220 megawatts por dia, será direcionada a essas empresas no
sistema conhecido como energia
contratada. O investimento foi de
US$ 237 milhões e todas as cinco
turbinas da hidrelétrica estarão em
funcionamento em agosto de 99.
A produção é suficiente para
abastecer cerca de 25 mil casas.
Segundo o diretor financeiro da
Morro Velho, Fábio Bueno Araújo,
a usina deve proporcionar uma
economia de R$ 400 mil por mês
de energia elétrica, uma redução
de 5% no gasto total.
De acordo com o presidente da
Cemig, José da Costa Carvalho Neto, a usina foi inaugurada três meses e meio antes do cronograma.
Ele nega que a antecipação da entrega da obra tenha relação com o
fato do governador mineiro
Eduardo Azeredo (PSDB) estar
deixando o cargo no final do mês.
O tucano não conseguiu se reeleger. De acordo com o presidente
Fernando Henrique, essa foi a última cerimônia pública em que ele
se encontrou com Azeredo.
A comitiva do presidente FHC
era formada por 38 pessoas -nove senadores e seis deputados federais, secretários e ministros, entre eles Raimundo Brito (Minas e
Energia), Juarez Quadro (interino
das Comunicações) e Edward
Amadeo (Trabalho).
Discurso
Durante seu discurso, o presidente disse que a inauguração da
usina só foi possível por causa da
quebra do monopólio e dos programas de concessão, aprovados
pelo Congresso. Ele se referiu às
forças contrárias a esses programas como sendo "fantasmas".
"Há um Brasil confiante, que não
pode deixar se perder nem pelas
vozes do passado nem muito a fantasmas que reaparecem. Não devemos nos assustar com fantasmas.
Eles passam também."
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
|