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Região de Ribeirão Preto perde 1.890 vagas de trabalho em janeiro
Dados divulgados são piores que os de janeiro de 2008 nas 10 maiores cidades
DA FOLHA RIBEIRÃO
A região de Ribeirão Preto
perdeu em janeiro 1.890 vagas
com carteira assinada, segundo
dados do Ministério do Trabalho e Emprego divulgados ontem. Foi o pior mês de janeiro
da década nas dez maiores localidades da região.
O desempenho é o pior desde
2000, quando o saldo negativo
foi de 2.265 vagas. Em relação a
2008, a diferença é grande: janeiro do ano passado, com geração líquida de 3.895 vagas, foi
o melhor da década.
Bebedouro e Matão foram as
principais responsáveis pelo
recorde negativo. A primeira
teve uma baixa de 2.235 empregos em janeiro, enquanto Matão apresentou saldo negativo
de 1.912 vagas. Somados, os dois
municípios foram responsáveis
por 10,8% de todo o corte em
São Paulo, que fechou 38.676
vagas no mês passado.
"Dificilmente a situação vai
melhorar nos próximos meses.
A citricultura vinha em dificuldades e foi agravada por conta
da crise. No balanço de fevereiro, por exemplo, vão aparecer
os 208 cortes da Citrosuco",
disse Flávio Viegas, presidente
da Associtrus (Associação Brasileira de Citricultores).
Apesar do desempenho positivo em janeiro, os saldos de
empregos em Ribeirão Preto,
Franca e Sertãozinho ficaram
bem abaixo do registrado em
janeiro do ano passado. No entanto sindicatos e associações
comemoraram o "alento" em
relação a dezembro.
"Isso mostra um início de recuperação no setor. Mas ainda
é cedo para comemorar: tivemos 11 mil cortes em dezembro, será difícil recontratar tanta gente. Acredito que esse processo levará o ano inteiro", disse José Carlos Brigagão do
Couto, presidente do Sindifranca (Sindicato da Indústria
de Calçados de Franca).
O presidente do Ceise-BR
(Centro Nacional das Indústrias do Setor Sucroalcooleiro e
Energético), Mário Garrefa,
disse ontem que a situação deve piorar em março.
"O saldo [de janeiro] foi positivo, já que ainda há contratos
pendentes. As usinas estão cobrando a indústria, pois devem
antecipar a safra. A partir de
março provavelmente teremos
um efeito negativo."
(LR)
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