Ribeirão Preto, Sexta-feira, 20 de Fevereiro de 2009

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Região de Ribeirão Preto perde 1.890 vagas de trabalho em janeiro

Dados divulgados são piores que os de janeiro de 2008 nas 10 maiores cidades

DA FOLHA RIBEIRÃO

A região de Ribeirão Preto perdeu em janeiro 1.890 vagas com carteira assinada, segundo dados do Ministério do Trabalho e Emprego divulgados ontem. Foi o pior mês de janeiro da década nas dez maiores localidades da região.
O desempenho é o pior desde 2000, quando o saldo negativo foi de 2.265 vagas. Em relação a 2008, a diferença é grande: janeiro do ano passado, com geração líquida de 3.895 vagas, foi o melhor da década.
Bebedouro e Matão foram as principais responsáveis pelo recorde negativo. A primeira teve uma baixa de 2.235 empregos em janeiro, enquanto Matão apresentou saldo negativo de 1.912 vagas. Somados, os dois municípios foram responsáveis por 10,8% de todo o corte em São Paulo, que fechou 38.676 vagas no mês passado.
"Dificilmente a situação vai melhorar nos próximos meses. A citricultura vinha em dificuldades e foi agravada por conta da crise. No balanço de fevereiro, por exemplo, vão aparecer os 208 cortes da Citrosuco", disse Flávio Viegas, presidente da Associtrus (Associação Brasileira de Citricultores).
Apesar do desempenho positivo em janeiro, os saldos de empregos em Ribeirão Preto, Franca e Sertãozinho ficaram bem abaixo do registrado em janeiro do ano passado. No entanto sindicatos e associações comemoraram o "alento" em relação a dezembro.
"Isso mostra um início de recuperação no setor. Mas ainda é cedo para comemorar: tivemos 11 mil cortes em dezembro, será difícil recontratar tanta gente. Acredito que esse processo levará o ano inteiro", disse José Carlos Brigagão do Couto, presidente do Sindifranca (Sindicato da Indústria de Calçados de Franca).
O presidente do Ceise-BR (Centro Nacional das Indústrias do Setor Sucroalcooleiro e Energético), Mário Garrefa, disse ontem que a situação deve piorar em março.
"O saldo [de janeiro] foi positivo, já que ainda há contratos pendentes. As usinas estão cobrando a indústria, pois devem antecipar a safra. A partir de março provavelmente teremos um efeito negativo." (LR)


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