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Empresário de Franca
é preso em operação
Promotor diz que grupo fraudou Estado em R$ 7,6 mi
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA RIBEIRÃO
Um empresário de Franca foi
preso ontem sob a acusação de
fazer parte de uma quadrilha
que teria fraudado pelo menos
R$ 7,6 milhões dos cofres do
Estado. Batizada de Escalpo, a
operação prendeu outras seis
pessoas em Boa Esperança do
Sul, Bauru e Cabrália Paulista.
Em Franca, promotores do
Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime
Organizado), com apoio das polícias Militar e Civil e da Secretaria de Estado da Fazenda,
cumpriram mandados de busca
e apreensão na casa e em duas
empresas supostamente ligadas a Marcelo Bico, empresário
do setor coureiro.
A operação começou a ser
montada há quatro meses, após
o fisco estadual comunicar promotores de Ribeirão, Franca,
Araraquara e Rio Preto da suspeita de fraudes em curtumes.
O Gaeco de Ribeirão coordenou a investigação.
Segundo o promotor de Ribeirão Flávio Okamoto, o grupo
era responsável por criar empresas em nomes de "laranjas"
para comercializar couro com
empresas calçadistas.
De acordo com ele, os compradores, por meio de notas
frias, beneficiavam-se da fraude ao abaterem créditos do
ICMS (Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços). Eles tinham direito a esse
abatimento por comprarem
couro de intermediários, em
vez de material in natura.
Os intermediadores, que seriam responsáveis pelo recolhimento do ICMS por supostamente agregarem valor ao couro in natura, fechavam as empresas devedoras e abriam com
outro nome, diz Okamoto. "Em
uma empresa, o faturamento
era de R$ 2 milhões por mês e
só havia cinco funcionários.
Não se produzia nada."
Os envolvidos serão acusados de sonegação fiscal e formação de quadrilha. O advogado de Bico, Ivan da Cunha Souza, disse que não teve acesso
aos fatos que motivaram a prisão preventiva e que, após consultar as informações, entrará
com pedido de habeas corpus.
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