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Ribeirão tem nova morte no trabalho
Empregado morreu enquanto regulava uma máquina de embalagens; óbito é o segundo desde sexta-feira na cidade
Região tem só 8 auditores, número insuficiente para atender a demanda, de acordo com a gerente regional do ministério
LUIZA PELLICANI
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA RIBEIRÃO
O operário Gilberto Pereira
da Silva, 26, morreu ontem de
manhã após ter a cabeça prensada enquanto regulava uma
máquina de embalagens na empresa em que trabalhava, em
Ribeirão Preto. A morte por
acidente de trabalho foi a segunda notificada na cidade desde a última sexta-feira.
Segundo a Polícia Civil, o
Corpo de Bombeiros foi acionado pela empresa, mas quando a equipe chegou ao local já
encontrou o trabalhador sem
vida. Apenas em 2010, Ribeirão
já teve 138 acidentes de trabalho, de acordo com o Ministério
do Trabalho e Emprego.
A equipe responsável pela investigação trabalha com a hipótese de ter ocorrido problema
técnico ou falha humana.
De acordo com os policiais,
Silva trabalhava há três anos na
empresa e morreu quando fazia
limpeza no equipamento.
Quando o acidente aconteceu,
às 8h, vários funcionários estavam na empresa, e teriam ficado em estado de choque com a
morte do colega. A máquina em
que Silva trabalhava foi interditada pelo Ministério do Trabalho até que as causas do acidente sejam esclarecidas.
Aos policiais, o gerente da
Mantovani Indústrias Químicas afirmou que um cabeçote
foi o responsável pelo acidente.
Procurados pela Folha, nenhum responsável pela empresa foi encontrado para comentar o caso. "Eles serão chamados para averiguações", disse
Márcio Marongoni, investigador chefe do 4º DP. Por causa
do acidente, a produção da empresa parou ontem.
Essa foi a segunda morte registrada em Ribeirão desde
sexta-feira, quando o ajudante
de serviços gerais José Nildo
Almeida Ribeiro, 25, morreu
soterrado enquanto escavava e
retirava água para a construção
de uma sapata, a parte mais larga e inferior do alicerce, no terceiro subsolo do edifício Cenário Ribeirão, da Halna Empreendimentos Imobiliários.
A gerente regional substituta
da subdelegacia do ministério,
Maria Helena Faria Vergueiro,
afirmou que atualmente a região conta com oito auditores
fiscais, número insuficiente
para atender a demanda. "O
ideal seria termos 20 auditores,
já que são muitas construções,
indústrias e empresas para
poucos fiscais."
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