Ribeirão Preto, Terça-feira, 20 de Abril de 2010

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Ribeirão tem nova morte no trabalho

Empregado morreu enquanto regulava uma máquina de embalagens; óbito é o segundo desde sexta-feira na cidade

Região tem só 8 auditores, número insuficiente para atender a demanda, de acordo com a gerente regional do ministério


LUIZA PELLICANI
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA RIBEIRÃO

O operário Gilberto Pereira da Silva, 26, morreu ontem de manhã após ter a cabeça prensada enquanto regulava uma máquina de embalagens na empresa em que trabalhava, em Ribeirão Preto. A morte por acidente de trabalho foi a segunda notificada na cidade desde a última sexta-feira.
Segundo a Polícia Civil, o Corpo de Bombeiros foi acionado pela empresa, mas quando a equipe chegou ao local já encontrou o trabalhador sem vida. Apenas em 2010, Ribeirão já teve 138 acidentes de trabalho, de acordo com o Ministério do Trabalho e Emprego.
A equipe responsável pela investigação trabalha com a hipótese de ter ocorrido problema técnico ou falha humana.
De acordo com os policiais, Silva trabalhava há três anos na empresa e morreu quando fazia limpeza no equipamento. Quando o acidente aconteceu, às 8h, vários funcionários estavam na empresa, e teriam ficado em estado de choque com a morte do colega. A máquina em que Silva trabalhava foi interditada pelo Ministério do Trabalho até que as causas do acidente sejam esclarecidas.
Aos policiais, o gerente da Mantovani Indústrias Químicas afirmou que um cabeçote foi o responsável pelo acidente. Procurados pela Folha, nenhum responsável pela empresa foi encontrado para comentar o caso. "Eles serão chamados para averiguações", disse Márcio Marongoni, investigador chefe do 4º DP. Por causa do acidente, a produção da empresa parou ontem.
Essa foi a segunda morte registrada em Ribeirão desde sexta-feira, quando o ajudante de serviços gerais José Nildo Almeida Ribeiro, 25, morreu soterrado enquanto escavava e retirava água para a construção de uma sapata, a parte mais larga e inferior do alicerce, no terceiro subsolo do edifício Cenário Ribeirão, da Halna Empreendimentos Imobiliários.
A gerente regional substituta da subdelegacia do ministério, Maria Helena Faria Vergueiro, afirmou que atualmente a região conta com oito auditores fiscais, número insuficiente para atender a demanda. "O ideal seria termos 20 auditores, já que são muitas construções, indústrias e empresas para poucos fiscais."


Texto Anterior: TJ manda chefes da gestão Palocci devolverem salário
Próximo Texto: Foco: Teto de oficina mecânica desaba e causa danos em dez carros de luxo em Ribeirão
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.