Ribeirão Preto, Domingo, 20 de Junho de 2010

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Polo de software fatura R$ 130 milhões ao ano

Criado há seis anos, polo conta hoje com 42 empresas e 1.600 funcionários

Para o presidente do polo, mesmo com a crise na economia em 2009 o setor teve alta média de 20% em Ribeirão

Edson Silva/Folhapress
O gestor comercial Marcos Antônio Gomes, da Biosalc, que exporta 50% dos softwares

LEANDRO MARTINS
DE RIBEIRÃO PRETO

Segmento ainda considerado relativamente jovem na economia, a área de softwares e de TI (tecnologia da informação) se consolidou nos últimos anos, principalmente por oferecer aos demais setores ferramentas consideradas cada vez mais necessárias.
Em Ribeirão Preto, uma união de empresas produtoras de softwares fez surgir no município um polo de tecnologia que hoje já emprega aproximadamente 1.600 trabalhadores e coloca a cidade entre as produtoras de ferramentas de TI no país.
Criado em 2004 por um grupo de oito empresários, o Piso (Polo Industrial de Software) já reúne atualmente 42 empresas, com um faturamento anual aproximado de R$ 130 milhões.
A produção de sistemas de gestão para outras empresas é a "grande vocação" desse setor em Ribeirão, de acordo com o presidente do Piso, Flávio Pereira de Barros.
De acordo com o presidente, no ano passado, mesmo com a crise que atingiu a economia principalmente nos primeiros meses do ano, o setor conseguiu crescer, em média, 20%.
Outro desempenho positivo, segundo Barros, foi a ampliação de, em média, 17% no número de funcionários das empresas que compõem o polo de software. O crescimento no período de crise comprova a consolidação do setor que, embora recente, ganhou espaço em Ribeirão Preto.
"Algumas empresas sofreram um pouco em 2009, o ano começou bem pessimista, mas ainda assim houve um crescimento significativo", disse Barros.
Uma das alavancas para o fortalecimento do setor, segundo Barros, foi o associativismo proporcionado pelo Piso, que hoje já conta também com empresas de outros municípios, como Franca, Jaboticabal e Araraquara.
Essa união, ainda de acordo com ele, permitiu ao setor ganhar mais representatividade. Um dos ganhos comemorados é a redução da alíquota de ISS (Imposto Sobre Serviços) em Ribeirão Preto, de 5% para 2%.
A queda permitiu às empresas locais aumentar a competitividade com outros polos de softwares do país, onde a alíquota do imposto já era menor.
Por meio do Piso, as empresas também têm avançado em busca de certificação e capacitação do seu quadro de funcionários.
Por ser um setor que exige trabalhadores qualificados e com formação específica, a mão de obra no segmento de software é, segundo Barros, "o maior ativo e o maior custo" das empresas.
Por isso, o Piso também fortaleceu as empresas locais, com a busca de treinamentos e qualificação.
O gestor comercial da Biosalc, empresa ribeirão-pretana especializada na área de TI para o agronegócio, Marcos Antonio Gomes, confirma a importância da capacitação dos funcionários.
Na Biosalc, segundo Gomes, os funcionários chegam com conhecimento em softwares, mas recebem capacitação em inglês, espanhol e ainda em agronegócio, área de atuação da empresa.
"O pessoal entende de software, mas, no nosso caso, o funcionário tem de entender de software e do negócio", disse Gomes.


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