Ribeirão Preto, Quarta-feira, 20 de Julho de 2011 |
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Prefeitura negocia volta de propagandistas a postos Secretário da Saúde condiciona circulação em unidades das 10h30 às 19h Sindicato alega que 30 dos 50 representantes que atuavam na rede pública perderam o emprego após o veto
ANA SOUSA DE RIBEIRÃO PRETO A Prefeitura de Ribeirão negocia o retorno dos propagandistas (representantes da indústria farmacêutica) aos postos de saúde em horários pré-determinados e em locais que não atrapalhem o fluxo do atendimento. Considerado inédito pelos conselhos Federal e Estadual de Medicina, o veto à circulação dos propagandistas ocorre desde o dia 20 de março na rede municipal de saúde da cidade e gerou protestos do setor. De acordo com o presidente do Sindicato dos Propagandistas, Antônio Gilberto Sartoratto, uma proposta de circulação com horários fixos de visita foi discutida com os secretários da Casa Civil e da Saúde durante reunião realizada na última semana. "Já tínhamos levado uma proposta há alguns meses, e eles [prefeitura] nos fizeram uma outra proposta para a regulamentação", disse. O secretário da Saúde de Ribeirão, Stenio Miranda, afirmou que condicionou, em seu parecer sobre o caso, a circulação dos funcionários dos laboratórios ao intervalo entre 10h30 e 19h. Além disso, o contato entre funcionários dos laboratórios e médicos também deve ficar restrito a áreas determinadas pelos gerentes dos postos de saúde e fora do horário de atendimento. Se for aprovado, o modelo deve ficar semelhante ao adotado pelo Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto (leia texto nesta página). "É uma forma de disciplinar as atividades deles sem prejudicar o atendimento. Como médico, não sinto falta das visitas [dos propagandistas]", afirmou Miranda. Segundo o secretário da Casa Civil, Layr Luchesi Junior, a proposta do sindicato está sendo avaliada e, caso "tenha fundamento", deve ser apresentada à prefeita Dárcy Vera (DEM). Ele afirmou que não há prazo para um retorno. DEMISSÕES A prefeita baixou o decreto que veta a entrada dos propagandistas após receber denúncia de um vereador. A proibição da circulação nos postos de Ribeirão já causou, segundo Sartoratto, a demissão de cerca de 30 dos 50 propagandistas que atuavam na rede pública. O sindicalista afirmou que o desligamento de funcionários é inevitável, porque não há como transferir empregados para outros municípios com setores já completos. "Para nós, a questão não é a lucratividade, mas a empregabilidade. Tentamos a readequação, mas depende muito de cada empresa." De acordo com Sartoratto, o sindicato representa cerca de 550 funcionários de laboratórios na região de Ribeirão Preto e Franca. No país, existem aproximadamente 200 mil propagandistas. O Sindusfarma, que representa os laboratórios, afirmou, por meio de sua assessoria, que não tem informações a respeito de demissões, já que nem todos os laboratórios têm propagandistas. O sindicato afirmou que não tem ações específicas de recolocação profissional, mas disse defender a legislação que regulamentou a atividade dos propagandistas. Próximo Texto: Frase Índice | Comunicar Erros |
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