Edson Silva-13.jul09/Folhapress

Fachada da unidade de Barretos do frigorífico Friboi, que dispensou pelo menos cem dos seus funcionários neste mês

DE RIBEIRÃO PRETO

O JBS, maior processador de proteína animal do mundo, demitiu cem funcionários da unidade de Barretos semana passada.
Os cortes se somam a outros 167 feitos em Lins (100) e Andradina (67), segundo informações de sindicatos de trabalhadores dos três municípios.
As homologações dos demitidos de Barretos começarão a ser feitas hoje, segundo o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação de Barretos e Região.
A unidade tinha cerca de 2.300 trabalhadores antes das demissões.
Um dos principais beneficiados pela política do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) de criar multinacionais brasileiras, o JBS não deu explicação aos funcionários.
Segundo o presidente do sindicato trabalhista, Luiz Carlos Anastácio, o abate na unidade não sofreu alteração nos últimos meses. Nas outras plantas onde houve demissões, essa foi a justificativa.
"Estão abatendo 700, 800 cabeças, antes eram 1.400", disse o diretor do sindicato trabalhista em Andradina, Milton Artur.
Em Lins, os cortes são atribuídos pela presidente do sindicato dos trabalhadores, Dulce Elena Ferreira, à entressafra do gado.
As demissões informadas pelos sindicatos abrangem só funcionários com mais de um ano de trabalho. Em casos como esses, cabe ao sindicato fazer a rescisão trabalhista.
Por isso, o número de excluídos dos quadros da empresa pode ser maior, de acordo com Ferreira.
A Folha tentou contato com a assessoria do JBS por ao menos quatro vezes ontem. Nos dois números informados no site da empresa, ninguém atendeu.


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