Ribeirão Preto, Domingo, 20 de Setembro de 2009

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Boia-fria chega a viajar 40 quilômetros a mais para trabalhar em lavouras

DA ENVIADA ESPECIAL A JABORANDI

O movimento na ponte interditada do rio Pardo começa cedo. Às 6h, os primeiros a fazer a travessia são os trabalhadores rurais que, antes do trabalho nos canaviais, precisam romper o primeiro obstáculo. De um lado da ponte, um ônibus os deixa e, do lado oposto, outro ônibus os espera.
De acordo com Alexandre Gutemberg dos Santos, 26, que trabalha em uma fazenda de Morro Agudo e mora em Jaborandi, todos os dias a rotina é assim. "De manhã, fica cheio de gente cruzando a ponte." Segundo outros trabalhadores, o lugar chegou a receber até cem pessoas, número que caiu devido à redução de transporte.
"Uma condução deu problema e tem turma [de boias-frias] que está dando a volta e, com isso, aumenta 40 quilômetros por viagem. Fica difícil utilizar a ponte porque tem sempre que ter dois ônibus à disposição", disse um funcionário, que não quis se identificar.
Rafael Piopenques, 23, trabalha com transporte de cana em Morro Agudo e, morador de Jaborandi, cruza de moto o local. "Eu consigo passar com tranquilidade, mas muitos motoristas de carro e caminhão acabam perdendo viagem, porque não prestam atenção nas placas sinalizando ou porque insistem e vêm até a beira da ponte", disse.
Segundo ele, não é a primeira vez que o local causa transtorno aos trabalhadores. "Há uns anos foi a mesma coisa, ficou um tempo interditado. Queria saber o que foi feito, porque o problema voltou."


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