Ribeirão Preto, Sábado, 20 de Novembro de 2010

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Região cria 46% menos empregos no mês

Em outubro, saldo de contratações e demissões nas dez maiores cidades foi de 2.071, ante 3.902 de 2009

Maiores quedas foram em Jaboticabal, Franca e Bebedouro; Ribeirão gerou 1.308 vagas ou 11,74% a menos

Silva Junior/Folhapress
A vendedora Jenifer Zanetti, que foi contratada em outubro por uma loja de calçados do centro de Ribeirão Preto

RODOLFO TIENGO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DE RIBEIRÃO PRETO

Pelo segundo mês consecutivo, a geração de empregos registrou queda na região. Segundo dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), do Ministério do Trabalho, as dez maiores cidades da região criaram, em outubro, 2.071 vagas formais.
O número é 46,9% menor do que o total do mesmo mês de 2009: 3.902. A criação de vagas também caiu no Estado e no país, mas em menor proporção: 19,9% e 11,3%, respectivamente.
No acumulado, no entanto, o saldo de vagas na região nos dez primeiros meses deste neste ano supera em 38% a marca do mesmo período de 2009.
As cidades que mais contribuíram para a diminuição do nível do emprego em outubro foram Jaboticabal (fechou 926 vagas), Bebedouro (759) e Franca, que não teve resultado negativo, mas gerou 59,2% menos postos.
Ribeirão, a maior cidade da região, também criou menos vagas: foram 1.308, uma queda de 11,74% em relação ao mesmo mês de 2009.
Em Bebedouro, a desaceleração se deve à antecipação do fim da safra da laranja, de acordo com o presidente do Sindicato Rural da cidade, José Osvaldo Junqueira Franco. "A demanda foi menor e as condições climáticas fizeram a laranja amadurecer antes", disse. Resultado: as demissões previstas para dezembro foram antecipadas.
Junqueira Franco disse ser "preocupante" a situação dos trabalhadores temporários que não vão receber seguro-desemprego neste ano. Segundo ele, os desempregados estão recorrendo ao setor da construção civil.
A desaceleração em Franca, sobretudo na indústria, "não chega a espantar", segundo o gerente do Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo) da cidade, Luiz Gonzaga Gaspar.
Ele aposta que, até dezembro, a oferta de vagas na indústria deva cair ainda mais, por conta das demissões no setor de calçados.


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