do enviado especial a Matão

O prefeito de Matão, Adalto Scardoelli (PT), 46, visitou anteontem o acampamento do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) na fazenda Bocaina e prometeu apoio estrutural aos invasores.
Entre as solicitações, a coordenação do movimento pediu o envio diário de carros-pipa para o fornecimento de água para limpeza e consumo.
O primeiro carregamento seria entregue anteontem à tarde. O pedido do movimento é que fossem colocados à disposição pelo menos dois caminhões por dia.
"Vamos fazer tudo o que for necessário e que estiver dentro das possibilidades legais. Afinal, o acampamento conta com 200 famílias de Matão", disse o prefeito.
Ele confirmou que a usina estava desativada e que a propriedade possui débitos com o Banco do Brasil e com o governo federal.
Além disso, o prefeito afirmou que recentemente parte da área foi desapropriada pelo governo municipal. O terreno medindo dez alqueires foi repassado para uma indústria alimentícia.
O prefeito justificou a medida afirmando que a expansão da empresa gerou mais 500 empregos no município.
"Há mais de cinco anos que a usina está abandonada. Em 1997, tentamos um acordo amigável para desapropriar parte da área, mas não encontramos o proprietário", diz Scardoelli. Ele também afirmou que a invasão é um movimento justo, já que a migração urbana criou focos de "favelas".


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