ROBERTO MADUREIRA
DA FOLHA RIBEIRÃO

Uma bolinha de gude provocou o engasgamento e a morte de uma menina de cinco anos em Franca. Geovana de Oliveira Marinho foi socorrida pelos pais, mas morreu no Pronto-Socorro Infantil depois de sofrer uma parada cardiorrespiratória.
Geovana brincava no quintal de sua casa, no residencial Dourados, de classe média baixa, quando procurou a mãe, Maisa de Oliveira Marinho, 28, que estava na cozinha. Segundo a mãe, ela indicava que tinha algum objeto na garganta, mas não conseguia falar.
Os primeiros socorros foram prestados pelos próprios parentes, que depois levaram a menina à UBS (Unidade Básica de Saúde) do Jardim Aeroporto. De lá, a menina foi levada ao Pronto-Socorro Infantil. A bolinha foi retirada pelos médicos na ambulância.
O pai da menina, o comprador Danilo Henrique Marinho, 28, se disse "desconsolado" com a morte da filha. Durante o atendimento, ele afirmou que o trabalho dos médicos, que tentaram reanimar a menina por 40 minutos, "não poderia ter sido melhor".
Após o anúncio da morte, a mãe da menina se desesperou, desmaiou e teve que receber atendimento médico.
Segundo José Victor Nonino, pediatra e diretor da Beneficência de Ribeirão, o procedimento imediato prestado pelos parentes das vítimas foi equivocado. Ele disse, porém, que, mesmo com a ação correta, a menina ainda poderia morrer.
"O procedimento certo seria colocá-la com a cabeça para baixo, sem movimentos bruscos, para não agravar o quadro. Depois, levá-la imediatamente ao hospital", disse. Segundo Nonino, a bolinha deve ter se fixado na glote e causado asfixia. O corpo de Geovana, que tinha dois irmãos, foi sepultado ontem.


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