Ribeirão Preto, Quinta-feira, 21 de Abril de 2011

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Promotoria cobra a criação de clínica para dependentes químicos

Grupo de promotores quer aumentar número de leitos na região e atendimento básico na área

Secretaria de Estado da Saúde afirma que vai apresentar projeto para Ribeirão Preto em, no máximo, três meses

Edson Silva/Folhapress
Pacientes em tratamento no Caps de Ribeirão Preto seguram máscaras confeccionadas por eles em oficina de terapia

VÍTOR OGAWA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA,
DE RIBEIRÃO PRETO


O Ministério Público deu um prazo de 90 dias para apresentação de um projeto de criação de uma clínica para dependentes químicos em Ribeirão Preto.
Além disso, a Rede Protetiva de Direitos Sociais -grupo composto por 19 promotores de 35 cidades da região- quer aumentar o número de leitos na área e reforçar o atendimento básico a esses pacientes, afirma o promotor Naul Felca.
O pedido foi anunciado anteontem à noite durante reunião com a presença do superintendente do Hospital das Clínicas de Ribeirão, Marcos Felipe, do diretor da 13ª DRS (Delegacia Regional de Saúde), Ronaldo Capelli, e de 26 secretários da Saúde da região -incluindo o de Ribeirão, Stenio Miranda.
O grupo entende que faltam vagas, embora não tenha dados disponíveis.
A FMRP (Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto), da USP, se colocou à disposição para ajudar no projeto.
O entendimento comum entre prefeitura e Secretaria de Estado da Saúde é que a clínica seja criada no Hospital Santa Tereza.
Segundo a coordenadora da rede, a promotora de Sertãozinho, Cláudia Maria Habib, a clínica e a ampliação do atendimento são demandas comuns a todos os municípios em que atuam.
"Foi constatado que o número de pessoas que precisam de uma clínica pública para atendimento a pessoas com problemas com drogas e álcool é muito grande."
A assessoria de imprensa da Secretaria de Estado da Saúde informou que o projeto será apresentado no prazo, em 90 dias, e que haverá aumento de dez leitos no Santa Tereza para internações de curta duração.
Segundo a assessoria, partiu da pasta a iniciativa.

DEFICIT
O relatório da rede diz que a região de Ribeirão deveria possuir pelo menos sete Caps (Centro de Atenção Psicossocial) infantil -não tem nenhum- e outros sete AD (para dependentes de álcool e drogas) -possui um.
O relatório informa também que a OMS (Organização Mundial da Saúde) recomenda que haja um leito de internação psiquiátrica para cada 2.000 habitantes.
Por este critério,seriam necessários, então, aproximadamente 792 leitos na região, mas há apenas 108.
Ainda segundo o relatório, o Ministério da Saúde tem outra metodologia. O órgão orienta que haja no máximo 2,4 leitos de internação psiquiátrica para cada 10 mil habitantes. Assim, segundo a pasta, a região deveria abrir mais 272 leitos.


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