|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Blitz vê melhorias e recuos nas condições dos boias-frias
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA RIBEIRÃO
A fiscalização conjunta de
Ministério do Trabalho e Ministério Público do Trabalho
nas usinas da região feita na semana passada mostrou avanços em alguns aspectos nas
condições de trabalho no setor
canavieiro, mas também recuos, segundo o auditor fiscal
Antonio Carlos Avancini, coordenador interino do grupo de
fiscalização rural da pasta do
Trabalho.
Em quatro usinas, foram feitas 65 autuações relacionadas a
problemas com equipamentos
de segurança, local de trabalho,
transportes e moradias. Somente na Bazan, de Pontal, foram 39 autuações.
Segundo Avancini, a usina foi
uma das que regrediram nas
condições de trabalho dos
boias-frias em relação à visita
feita pelo grupo em 2008. Por
outro lado, as usinas Nardini e
Andrade, com oito e seis atuações, respectivamente, são citadas por ele como empregadoras
que mostraram avanço.
Na Bazan, o grupo de fiscalização interrompeu por dois
dias o corte de cana, até que os
equipamentos de proteção, como botas, luvas e óculos, fossem regularizados. Pelas infrações registradas, a usina, que é
reincidente, deverá pagar, no
mínimo, R$ 156 mil.
As situações mais graves encontradas pelos fiscais, segundo Avancini, foram nas moradias coletivas. Ele disse que,
nesses casos, é mais difícil a cobrança sobre as usinas, que não
se sentem responsáveis pelo
problema, já que não são alojamento. "Caracterizamos essas
repúblicas como alojamentos.
Se é trabalhador migrante, veio
para trabalhar, então as usinas
são responsáveis", afirmou.
Texto Anterior: Religião: Tambaú espera 25 mil fiéis hoje para a Marcha da Fé Próximo Texto: Trabalhadores de usinas podem entrar em greve Índice
|