Ribeirão Preto, Quarta-feira, 21 de Julho de 2010

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Promotoria apura falta de anestesista no HC de Ribeirão

Cerca de 700 cirurgias foram adiadas em dois meses por carência de profissionais

HÉLIA ARAUJO
DE RIBEIRÃO PRETO

O Ministério Público Estadual instaurou inquérito civil para apurar a suspensão de cerca de 700 cirurgias eletivas (não urgentes) nos últimos dois meses no HC (Hospital das Clínicas) de Ribeirão Preto. O hospital tem dez dias para prestar esclarecimentos à Promotoria.
A suspensão foi ocasionada pela falta de médicos anestesistas, que reclamam que a carga horária é elevada e que a pressão é alta para o salário de R$ 1.800 para 24 horas semanais, mais R$ 1.125 do plano de incentivo da Faepa (Fundação de Apoio ao Ensino, Pesquisa e Assistência do HC).
O superintendente do HC, Milton Roberto Laprega, disse que apresentou proposta de reajuste do prêmio de produtividade, mas que os anestesistas não aceitaram.
"A proposta é aumentar o prêmio incentivo, progressivamente, conforme as horas trabalhadas em cirurgias e os plantões realizados."
Segundo ele, um profissional que trabalhar 24 horas semanais e fizer 12 plantões por mês, o que totalizaria 60 horas de trabalho por semana, ganharia cerca de R$ 15 mil.
"Hoje quem trabalha esse mesmo período ganha, em média, R$ 12 mil. Sabemos que não é um aumento tão grande, mas é o que podemos oferecer no momento."
Laprega admite que o valor do salário pago aos médicos está abaixo da média paga por hospitais particulares.
Atualmente 54 anestesistas trabalham no HC de Ribeirão e ainda há 11 vagas que não foram preenchidas por falta de interessados.


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