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Promotoria apura falta de anestesista no HC de Ribeirão
Cerca de 700 cirurgias foram adiadas em dois meses por carência de profissionais
HÉLIA ARAUJO
DE RIBEIRÃO PRETO
O Ministério Público Estadual instaurou inquérito civil
para apurar a suspensão de
cerca de 700 cirurgias eletivas (não urgentes) nos últimos dois meses no HC (Hospital das Clínicas) de Ribeirão Preto. O hospital tem dez
dias para prestar esclarecimentos à Promotoria.
A suspensão foi ocasionada pela falta de médicos
anestesistas, que reclamam
que a carga horária é elevada
e que a pressão é alta para o
salário de R$ 1.800 para 24
horas semanais, mais R$
1.125 do plano de incentivo
da Faepa (Fundação de
Apoio ao Ensino, Pesquisa e
Assistência do HC).
O superintendente do HC,
Milton Roberto Laprega, disse que apresentou proposta
de reajuste do prêmio de produtividade, mas que os anestesistas não aceitaram.
"A proposta é aumentar o
prêmio incentivo, progressivamente, conforme as horas
trabalhadas em cirurgias e os
plantões realizados."
Segundo ele, um profissional que trabalhar 24 horas semanais e fizer 12 plantões por
mês, o que totalizaria 60 horas de trabalho por semana,
ganharia cerca de R$ 15 mil.
"Hoje quem trabalha esse
mesmo período ganha, em
média, R$ 12 mil. Sabemos
que não é um aumento tão
grande, mas é o que podemos oferecer no momento."
Laprega admite que o valor do salário pago aos médicos está abaixo da média paga por hospitais particulares.
Atualmente 54 anestesistas trabalham no HC de Ribeirão e ainda há 11 vagas
que não foram preenchidas
por falta de interessados.
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