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Estado planeja terceirizar anestesistas
Medida é apontada como uma saída para a falta de profissionais no Hospital Estadual de Américo Brasiliense
Já no HC de Ribeirão, que também registra falta de anestesistas, a terceirização depende de uma análise jurídica
LIGIA SOTRATTI
DE RIBEIRÃO PRETO
Com dificuldade em contratar anestesistas, o Hospital Estadual de Américo Brasiliense deve terceirizar o serviço, medida que também
pode ser adotada pelo HC
(Hospital das Clínicas) de Ribeirão, que está com falta de
profissionais dessa área.
Em vez de abrir concurso,
seria aberta uma concorrência para apresentação de propostas de cooperativas e grupos de médicos interessados.
O Estado destinaria um determinado valor para um pacote de horas trabalhadas.
Segundo o superintendente do HC de Ribeirão Preto,
Milton Laprega, o hospital de
Américo está sem anestesistas desde o começo de agosto
e tem "emprestado" profissionais do Hospital Estadual
de Ribeirão Preto.
A USP assumiu a unidade
em agosto e, devido a esse
período de transição, todos
os anestesistas ligados à
Unesp pediram demissão.
Para sanar esse problema, a
instituição estuda contratar
uma empresa terceirizada.
"Provavelmente teremos
que fazer uma terceirização,
só que para isso é necessário
abrir uma licitação. Nesse período, provisoriamente, o
pessoal de Ribeirão tem ido
para lá", afirmou.
O sistema de terceirização
já é usado no Hospital Estadual de Ribeirão Preto e na
Mater, segundo Laprega. No
HC, depende de análise por
haver impedimento jurídico.
"Pensamos em usar esse
modelo, mas fomos informados que, como o HC é uma
autarquia, a terceirização de
atendimentos a pacientes
não é permitida", disse.
ALTERNATIVA
Para Laprega, a terceirização seria uma alternativa, já
que não é possível aumentar
o salário dos profissionais. A
empresa contratada teria
mais agilidade para repor
funcionários e, em caso de
descumprimento, é possível
aplicar penalidade.
"É possível aplicar multas,
por exemplo, se a empresa
não atender a algum item do
contrato. É uma forma de garantir a qualidade", disse.
Em Ribeirão, médicos têm
procurado interessados para
concorrer em Américo por salários que, segundo anúncio,
podem chegar a R$ 12 mil.
Já o HC tem dificuldade em
contratar profissionais efetivos porque o salário de R$
2.900, para uma jornada de
24 horas semanais, não é
atrativo para os médicos.
As oito vagas temporárias
abertas pelo HC para 12 horas
semanais têm remuneração
de R$ 2.900 -o prazo deve
ser de seis a 12 meses, prorrogável por igual período.
A solução é emergencial,
já que no momento não é
possível abrir concurso devido ao período das eleições.
O HC está com cirurgias
atrasadas desde julho, quando cerca de 700 agendamentos foram cancelados devido
à falta de anestesistas. De
acordo com Laprega, as cirurgias canceladas já estão
sendo remarcadas.
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