Ribeirão Preto, Quarta-feira, 21 de Outubro de 2009

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Nova Castelo faz congestionamento migrar

Viadutos fizeram engarrafamento mudar para acesso à Anhanguera; local terá de passar por obras, dizem Transerp e Autovias

Autovias, que administra a rodovia, afirmou que crescimento era esperado e que aguarda uma liberação para reformar a rotatória

Silva Junior/Folha Imagem
Veículos na rotatória que dá acesso às rodovias Anhanguera e
Antônio Machado Sant’Anna, em Ribeirão, no início da noite


LUCAS REIS
DA FOLHA RIBEIRÃO

Os novos viadutos da avenida Castelo Branco, inaugurados há 20 dias após consumirem R$ 24,5 milhões em reformas, resolveram problemas de congestionamentos no local, mas fizeram o engarrafamento migrar para o trevo Waldo Adalberto Silveira, que dá acesso às rodovias Anhanguera, Abrão Assed, Antônio Machado Sant'Anna e a própria Castelo.
No horário de pico, filas de veículos se formam no acesso da nova pista à rotatória, que terá de passar por reforma para melhorar o trânsito, segundo o superintendente da Transerp (Empresa de Trânsito e Transporte Urbano de Ribeirão Preto S.A.), William Latuf.
A Autovias, empresa responsável pela concessão no local, disse que há um projeto pronto para "reformulação total" no local, com a construção de pelo menos nove obras de arte -viadutos, pontes e túneis-, avaliadas em cerca de R$ 65 milhões. Depende apenas de um acordo e aprovação do Estado.
"Já era esperado que isso fosse acontecer [novos congestionamentos]. Todos os acessos à rotatória estão congestionados. A nova Castelo Branco ficou muito moderna, muito segura, mas é evidente o descompasso entre a rotatória, que está ultrapassada, e as rodovias que estão chegando nela", disse Angelo Ferreira, diretor-superintendente da Autovias.
Ele disse que na rotatória acontecem, em média, 350 acidentes por ano. "O número tende a aumentar muito agora."
O tráfego intenso na entrada da rotatória foi o primeiro ponto discutido ontem pela CEE (Comissão Especial de Estudos) que analisa o trânsito da cidade. "A rotatória está saturada já há algum tempo. Em relação à Castelo Branco, ela ainda está sob a jurisdição do Estado, mas será entregue ao município até o primeiro semestre de 2010", disse Latuf.
Para o vereador Samuel Zanferdini (PMDB), que preside a comissão, as obras fizeram com que o fluxo de veículos "migrasse" de local, provocando o atual problema. "Agora enfrentamos outro problema, provocado pela maior fluidez da nova Castelo Branco, que é o congestionamento na saída de Ribeirão", disse o vereador.

Solução
De acordo com Ferreira, da Autovias, uma reforma completa é a única solução. Ele disse, ainda, que, com a inauguração da nova Castelo Branco, o Estado pode agilizar a liberação das obras.
"A Artesp [agência reguladora do transporte] pode ter intensificado o estudo e é possível que haja um entendimento para que as obras sejam aprovadas", disse. Para isso, segundo ele, é preciso um acordo entre a Autovias e a Artesp para um "reequilíbrio de contrato", já que as obras não estão previstas no contrato atual. "Há possibilidades de viabilizar as obras e estamos discutindo."
O DER (Departamento de Estradas de Rodagem) informou ontem, por meio de sua assessoria de imprensa, que o diretor regional Armando Costa Ferreira está em férias e que ninguém poderia falar sobre o assunto. Procurada às 18h, a Artesp informou que o expediente havia terminado.


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