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Acidentes de trânsito aumentam 6,2%
Ribeirão registrou 8.310 acidentes no 1º semestre deste ano -equivalente a 46 por dia-, que causaram 34 mortes
Transerp diz que, se a fiscalização não tivesse aumentado, número de acidentes poderia ter dobrado no período
Edson Silva - CD.fev.CA@A/Folhapress
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Equipe de resgate do Samu socorre jovem atropelada em frente ao Novo Shopping
HÉLIA ARAUJO
DE RIBEIRÃO PRETO
Em março deste ano, o administrador de empresas José Roberto Duarte Filho, 34,
morreu após se envolver em
um acidente no cruzamento
das ruas Florêncio de Abreu e
Saldanha Marinho, no centro
de Ribeirão Preto.
Com o impacto, o carro de
Duarte Filho foi jogado contra um poste e ele ficou preso
nas ferragens, morrendo a
caminho do hospital.
O administrador faz parte
da triste estatística de acidentes de trânsito, que aponta um aumento do número de
mortes, de feridos e de acidentes nas ruas da cidade no
primeiro semestre deste ano,
na comparação com o mesmo período de 2009.
Segundo dados da Transerp (Empresa de Trânsito e
Transporte Urbano de Ribeirão Preto S.A.), nos seis primeiros meses deste ano foram registrados 8.310 acidentes de trânsito na cidade,
ante os 7.826 do mesmo período do ano passado, um
aumento de 6,2%.
O número de atropelamentos e de mortos também
subiu (ver quadro), assim como o de feridos, que passou
de 1.946 para 2.360.
O aumento dos acidentes
ocorreu mesmo com o crescimento das multas de trânsito, o que, teoricamente, indica mais fiscalização.
"Podemos dizer que houve
um aumento não tão grave
como se não estivéssemos
fiscalizando. Vamos supor
que, durante dois meses, não
aplicássemos mais nenhuma
multa, com certeza o número
de acidentes dobraria", disse
o superintendente da Transerp, William Latuf.
O número de multas de
trânsito aplicadas aos motoristas em Ribeirão no 1º semestre deste ano foi 62,6%
maior que o registrado no
mesmo período de 2009.
Segundo Latuf, as multas
subiram porque foram contratados mais 24 agentes de
trânsito -agora são 48.
Creso Peixoto, professor
da Moura Lacerda especialista em transporte, disse que a
função da multa é criar uma
sensação de ser flagrado, o
que coibiria os acidentes,
mas não os evitaria.
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