Ribeirão Preto, Quinta-feira, 21 de Outubro de 2010

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Prefeita e diretor do Daesp trocam farpas

Dárcy critica órgão estadual por ter feito TAC com Promotoria que impede ampliação da pista e exige agilidade

Leite Lopes está "sub judice" e não adianta atrair investidores sem saber se aeroporto vai ficar no lugar, diz Daesp

DE RIBEIRÃO PRETO

A prefeita de Ribeirão Preto, Dárcy Vera (DEM), se reuniu ontem com o superintendente do Daesp (Departamento Aeroviário do Estado de São Paulo), Sérgio Arruda, para cobrar agilidade na internacionalização do aeroporto Leite Lopes.
A reunião foi tensa e marcada por muitas cobranças por parte da prefeita e pela reação, por muitas vezes até ríspida, de Arruda.
A principal cobrança de Dárcy foi a de que vários aeroportos do país -a maior parte privados e federais- que têm a pista de tamanho semelhante ao do Leite Lopes foram internacionalizados com maior rapidez.
Arruda afirmou que a situação seguia sua rotina normalmente e que o processo leva um certo tempo.
"Não posso aceitar que isso [a demora no processo] seja considerado uma rotina quando estamos há 15 anos esperando um plano aeroviário", disse Dárcy.
A prefeita afirmou ainda que o Daesp errou ao assinar um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) com o Ministério Público Estadual de Ribeirão, se comprometendo a não aumentar a pista por questões ambientais.
"É inaceitável que por causa de um "taquizinho" vocês abaixaram a cabeça e estão atrasando o desenvolvimento de uma cidade do porte de Ribeirão."
Arruda disse para a prefeita que, enquanto o estudo do IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas) sobre a curva de ruído não fosse concluído, as conversas junto à Promotoria sobre o TAC não poderiam ser retomadas.
O estudo, concluído há um mês, deve ser enviado para a homologação da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil).
"Até agora esse aeroporto está "sub judice" por causa do TAC. Do que vai adiantar atrair investidores sem nem ao menos sabemos se o aeroporto vai ficar no mesmo lugar?", disse Arruda.
Se a Promotoria não fizer acordo para suspender o TAC, o Daesp deve avaliar a viabilidade de levar o aeroporto para outro lugar ou mantê-lo como e onde está.
"Do jeito que está hoje podemos ampliar os voos, o que deve ocorrer com a vinda de outras três companhias aéreas [Gol, Azul e Webjet] em 2011, mas o tamanho da pista atual não comporta o terminal de cargas", disse Arruda.
Dárcy disse que pedirá ao secretário de Estado dos Transportes, Mauro Arce, para que tente reverter o TAC. Além disso, ela se reunirá no próximo dia 3 com membros da Anac para cobrar o terminal de cargas.
(HÉLIA ARAUJO)



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