Ribeirão Preto, Domingo, 21 de Novembro de 2010

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Típico lar ribeirão-pretano é formado por casal jovem

Censo vê mais famílias entre 20 e 40 anos com nenhum ou poucos filhos

Média de moradores por imóvel caiu para 3,1; até os 49 anos, número de mulheres e de homens é equilibrado na pirâmide

Silva Junior/Folhapress
O casal Élen e Thiago Liccioti em sua casa no Jd. Iguatemi

JULIANA COISSI
DE RIBEIRÃO PRETO

Enquanto se fala em envelhecimento da população, o típico lar de Ribeirão Preto revela ser o de um casal jovem, entre 20 e 40 anos, com nenhum ou poucos filhos.
É o que apontam os dados demográficos parciais do Censo 2010 do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), que contabilizaram 587.447 habitantes na cidade até a última quinta.
Pela contagem, 20% destes têm entre 20 e 29 anos e 16% entre 30 e 39 anos. Há dez anos, a faixa de pessoas entre 20 e 29 anos era menor, de 18%. Já a faixa de 30 a 39 anos tinha os mesmos 16%.
As famílias estão mais enxutas: hoje, a média é de 3,1 moradores por casa. Há dez anos, era de 3,44 pessoas e em 1991, 3,84.
"O perfil da população que vemos em Ribeirão é o de casal jovem, com poucos ou nenhum filho", disse o coordenador do Censo em Ribeirão, Rafael Carvalho.
Traduzindo: são recém-casados que retardam o sonho de ter filhos. É o caso da fonoaudióloga Élen Mendonça Ribeiro Liccioti, 25, e do engenheiro agrônomo Thiago Liccioti, 30, que se casaram há um ano, após namorar por cinco anos.
Élen curte a vida de casada e diz que pretende investir na carreira antes de se tornar mãe. "A maioria dos casais jovens pensa no lado profissional, quer buscar antes uma estabilidade", diz.
É como também pensa a supervisora de vendas Luana Figueiredo Pize, 27. Depois de sete anos de namoro, casou-se há um mês e meio.
Nos planos dela, filho só daqui a três ou quatro anos. "Primeiro, precisa juntar dinheiro. E também queremos aproveitar o tempo juntos."

ELES E ELAS
Seguindo a tendência dos últimos 40 anos no Brasil, Ribeirão tem mais mulheres do que homens: elas representam 52% da população.
Mas, o IBGE desmistificou o senso comum de que "sobram mulheres" -lembrando que a população flutuante, como a de universitários, não entra nas estatísticas.
A pirâmide demográfica mostra um equilíbrio entre homens e mulheres até os 49 anos. Só a partir dos 50 anos as mulheres passam a ser maioria -6% entre 50 e 59 anos, ante 5% de homens na mesma faixa, o que se repete nas idades mais avançadas.
Se essa pirâmide se "alarga" mais na base graças aos 20% de jovens entre 20 e 29 anos, também incha na faixa dos idosos. Prova disso são os homens acima de 80 anos. Se eles estavam próximos de zero há dez anos, hoje chegam a 1%, empatando com o percentual das octogenárias.


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