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Típico lar ribeirão-pretano é formado por casal jovem
Censo vê mais famílias entre 20 e 40 anos com nenhum ou poucos filhos
Média de moradores por imóvel caiu para 3,1; até os 49 anos, número de mulheres e de homens é equilibrado na pirâmide
Silva Junior/Folhapress
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O casal Élen e Thiago Liccioti em sua casa no Jd. Iguatemi
JULIANA COISSI
DE RIBEIRÃO PRETO
Enquanto se fala em envelhecimento da população, o
típico lar de Ribeirão Preto
revela ser o de um casal jovem, entre 20 e 40 anos, com
nenhum ou poucos filhos.
É o que apontam os dados
demográficos parciais do
Censo 2010 do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística), que contabilizaram 587.447 habitantes na cidade até a última quinta.
Pela contagem, 20% destes têm entre 20 e 29 anos e
16% entre 30 e 39 anos. Há
dez anos, a faixa de pessoas
entre 20 e 29 anos era menor,
de 18%. Já a faixa de 30 a 39
anos tinha os mesmos 16%.
As famílias estão mais enxutas: hoje, a média é de 3,1
moradores por casa. Há dez
anos, era de 3,44 pessoas e
em 1991, 3,84.
"O perfil da população que
vemos em Ribeirão é o de casal jovem, com poucos ou nenhum filho", disse o coordenador do Censo em Ribeirão,
Rafael Carvalho.
Traduzindo: são recém-casados que retardam o sonho
de ter filhos. É o caso da fonoaudióloga Élen Mendonça
Ribeiro Liccioti, 25, e do engenheiro agrônomo Thiago
Liccioti, 30, que se casaram
há um ano, após namorar
por cinco anos.
Élen curte a vida de casada
e diz que pretende investir na
carreira antes de se tornar
mãe. "A maioria dos casais
jovens pensa no lado profissional, quer buscar antes
uma estabilidade", diz.
É como também pensa a
supervisora de vendas Luana
Figueiredo Pize, 27. Depois
de sete anos de namoro, casou-se há um mês e meio.
Nos planos dela, filho só
daqui a três ou quatro anos.
"Primeiro, precisa juntar dinheiro. E também queremos
aproveitar o tempo juntos."
ELES E ELAS
Seguindo a tendência dos
últimos 40 anos no Brasil, Ribeirão tem mais mulheres do
que homens: elas representam 52% da população.
Mas, o IBGE desmistificou
o senso comum de que "sobram mulheres" -lembrando que a população flutuante, como a de universitários,
não entra nas estatísticas.
A pirâmide demográfica
mostra um equilíbrio entre
homens e mulheres até os 49
anos. Só a partir dos 50 anos
as mulheres passam a ser
maioria -6% entre 50 e 59
anos, ante 5% de homens na
mesma faixa, o que se repete
nas idades mais avançadas.
Se essa pirâmide se "alarga" mais na base graças aos
20% de jovens entre 20 e 29
anos, também incha na faixa
dos idosos. Prova disso são
os homens acima de 80 anos.
Se eles estavam próximos de
zero há dez anos, hoje chegam a 1%, empatando com o
percentual das octogenárias.
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