Em 1991, Ribeirão registrava 112 mil domicílios ante os atuais 189 mil

Com financiamento bancário em alta no setor, a tendência é de um crescimento ainda maior, diz SindusCon

DE RIBEIRÃO PRETO

A contagem casa a casa realizada pelos recenseadores do IBGE em Ribeirão neste semestre confirmou o que se enxerga nas avenidas e bairros lotados de novos prédios. Houve uma "explosão" de novas moradias na cidade nos últimos 20 anos.
Atualmente, pela contagem do Censo 2010, existem 189.265 imóveis na cidade. Dez anos atrás, eram 145 mil.
Se comparada com o início da década de 90, a expansão é significativa: eram 112 mil domicílios -entre escritórios comerciais e residências.
Nas duas décadas, isso significa uma expansão de imóveis de 67,7%.
E não só existem em Ribeirão mais casas e escritórios como eles estão com uma alta taxa de ocupação.
O número de domicílios vagos, aqueles que estão para serem alugados ou vendidos, caiu de 19,7 mil há dez anos para os atuais 16,1 mil.
Na opinião do diretor regional do SindusCon (Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo), José Batista Ferreira, os resultados do Censo do IBGE são reveladores diante da estagnação vivida pelo setor antes de 2008.
"É um número até surpreendente, não tínhamos essa noção. Até 2008, a construção civil caminhou a passos lentos. Essa produção [das construtores] para trás foi sem recursos, sem financiamentos bancários como os que existem hoje."
O número real de novas construções em Ribeirão pode ser ainda maior, de acordo com Batista.
Isso porque, segundo sua análise, não foi considerado o número expressivo de novos empreendimentos de casas ou apartamentos ainda em construção -que em breve se tornarão novos lares.
"O crescimento com essa retomada da construção civil de dois anos para cá ainda não se refletiu", afirmou Batista. (JULIANA COISSI)

Texto Anterior: Típico lar ribeirão-pretano é formado por casal jovem
Próximo Texto: Frase
Índice | Comunicar Erros