DO ENVIADO ESPECIAL A AMERICANA

Um grupo de 40 alunos da USP de São Carlos está em Americana, no campo de provas da fabricante de pneus Goodyear.
Eles formam uma das 19 equipes representantes de universidades de todo país que participam da sétima edição da competição Fórmula SAE Brasil-Petrobras.
É um campeonato de engenharia que, segundo o capitão da equipe de São Carlos, Dannylo Thadeu Gomes, 23, é como uma espécie de "trampolim" para aqueles que querem atuar na indústria automobilística e até na badalada Fórmula 1.
O evento teve início na última sexta-feira e termina hoje. A competição não envolve corridas entre os veículos, mas sim provas de segurança e dinâmicas para a comparação de parâmetros técnicos e desempenho.
A equipe de São Carlos venceu duas vezes o torneio e, neste ano, apresentou como novidades a utilização de fibra de carbono na suspensão do carro. O material, usado também na principal categoria do automobilismo, reduz o peso do veículo.
"Como usamos só na suspensão, a diferença ainda é pequena no peso, mas a experiência mostra que a fibra de carbono é viável em outras partes do carro", afirma Gomes, aluno da engenharia mecânica da USP.
Ele diz que o evento dá visibilidade para os futuros profissionais no mercado de trabalho. O ex-aluno da USP de São Carlos André Soares, 32, competiu na Fórmula SAE e foi hoje é funcionário da Ford Caminhões.
Integrante da organização do evento, Soares diz: "Aqui é muito vivenciada a prática da atividade no setor automobilístico". Segundo ele, a maioria dos participantes acaba se inserindo na indústria, mas o automobilismo de competição "também aproveita alguns profissionais".
O engenheiro mecânico cita como exemplo o também ex-aluno da USP de São Carlos Gerson Brand, que atualmente trabalha na Lotus. O tricampeão Ayrton Senna dirigia um carro da montadora da inglesa quando conquistou sua primeira vitória na Fórmula 1, em 1985.(AC)


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