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Custo de vida em Ribeirão Preto sobe 1,1% em março
Saúde e alimentos puxam maior alta desde 2005
BRUNA SANIELE
DA FOLHA RIBEIRÃO
O custo de vida para famílias
de Ribeirão com renda entre
dois e dez salários mínimos aumentou 1,1% em março, em relação ao mês anterior. O levantamento mensal é do Instituto
de Pesquisas Sociais da ACI-RP
(Associação Comercial e Industrial de Ribeirão Preto).
Esse foi o maior aumento do
ICV (Índice do Custo de Vida)
para o mês de março desde
2005. De acordo com Antônio
Vicente Golfeto, diretor do instituto, o aumento vai na contramão do registrado no país, onde
ocorreu diminuição de preços
no mesmo período.
"Os preços estão intimamente ligados à demanda. Como
nós tivemos aumento de 3%
nas vendas de janeiro a março,
em relação ao mesmo período
do ano passado, houve aumento da inflação na cidade. Por isso, Ribeirão Preto acabou apresentando um custo de vida acima da média", disse.
Segundo o levantamento, os
gastos com saúde, em especial
com odontologia, apresentaram o maior aumento no mês
passado. O setor, ao lado da alimentação, foram os principais
responsáveis pelo índice (veja
quadro nesta página).
O presidente da APCD (Associação Paulista de Cirurgiões
Dentistas) em Ribeirão, Artur
Rocha Martini, contestou o levantamento. "Com a crise, há
retração da demanda e não tem
porque haver aumento da tabela praticada pelos profissionais", afirmou.
As despesas com alimentação, que subiram 2,44% em
março, aparecem em segundo
lugar entre as maiores altas. Segundo o diretor regional da
Apas (Associação Paulista de
Supermercados), Aurélio Mialich, as carnes tiveram o maior
aumento entre os alimentos.
"Alguns produtos, entre eles
a carne, tiveram redução de
15% a 20% entre o final do ano
passado e os primeiros meses
de 2009 e agora começaram a
se recompor", afirmou.
Para o aposentado Genésio
Martins, 62, o preço subiu, "mas
não é igual a antes, quando a
gente fazia a compra do mês".
"A carne estava barata, mas agora já está subindo de novo", disse a dona de casa Maria Cristina
Santos, 37. A pesquisa apontou
ainda redução em alguns setores, como educação, transportes e despesas pessoais.
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