Ribeirão Preto, Quarta-feira, 22 de Abril de 2009

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Custo de vida em Ribeirão Preto sobe 1,1% em março

Saúde e alimentos puxam maior alta desde 2005

BRUNA SANIELE
DA FOLHA RIBEIRÃO

O custo de vida para famílias de Ribeirão com renda entre dois e dez salários mínimos aumentou 1,1% em março, em relação ao mês anterior. O levantamento mensal é do Instituto de Pesquisas Sociais da ACI-RP (Associação Comercial e Industrial de Ribeirão Preto).
Esse foi o maior aumento do ICV (Índice do Custo de Vida) para o mês de março desde 2005. De acordo com Antônio Vicente Golfeto, diretor do instituto, o aumento vai na contramão do registrado no país, onde ocorreu diminuição de preços no mesmo período.
"Os preços estão intimamente ligados à demanda. Como nós tivemos aumento de 3% nas vendas de janeiro a março, em relação ao mesmo período do ano passado, houve aumento da inflação na cidade. Por isso, Ribeirão Preto acabou apresentando um custo de vida acima da média", disse.
Segundo o levantamento, os gastos com saúde, em especial com odontologia, apresentaram o maior aumento no mês passado. O setor, ao lado da alimentação, foram os principais responsáveis pelo índice (veja quadro nesta página).
O presidente da APCD (Associação Paulista de Cirurgiões Dentistas) em Ribeirão, Artur Rocha Martini, contestou o levantamento. "Com a crise, há retração da demanda e não tem porque haver aumento da tabela praticada pelos profissionais", afirmou.
As despesas com alimentação, que subiram 2,44% em março, aparecem em segundo lugar entre as maiores altas. Segundo o diretor regional da Apas (Associação Paulista de Supermercados), Aurélio Mialich, as carnes tiveram o maior aumento entre os alimentos.
"Alguns produtos, entre eles a carne, tiveram redução de 15% a 20% entre o final do ano passado e os primeiros meses de 2009 e agora começaram a se recompor", afirmou.
Para o aposentado Genésio Martins, 62, o preço subiu, "mas não é igual a antes, quando a gente fazia a compra do mês". "A carne estava barata, mas agora já está subindo de novo", disse a dona de casa Maria Cristina Santos, 37. A pesquisa apontou ainda redução em alguns setores, como educação, transportes e despesas pessoais.


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