Ribeirão Preto, Terça-feira, 22 de Junho de 2010

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Contra caos, Saúde apela às faculdades

Prefeitura de Ribeirão quer ampliar o número de médicos plantonistas contratados por Unaerp, USP e Barão

Universidades ainda não responderam; médicos da rede municipal não fazem mais horas extras

Silva Junior/Folhapress
Pacientes se espremem em corredor da Unidade Básica Distrital de Saúde do Quintino, onde faltaram médicos ontem

JULIANA COISSI
DE RIBEIRÃO PRETO

Diante do caos que se registrou nas UBDSs (Unidade Básica Distrital de Saúde) de Ribeirão no final de semana, devido à falta de médicos, a prefeitura resolveu recorrer às faculdades para tentar ampliar o número de plantonistas na rede.
A ideia é que a Unaerp (Universidade de Ribeirão Preto), o Centro Universitário Barão de Mauá e a USP (Universidade de São Paulo) ampliem o convênio com o município e forneçam mais médicos para as UBDSs onde atuam -respectivamente, Castelo Branco, Quintino Facci 2 e Sumarezinho.
A USP, que disponibiliza quatro médicos de pronto atendimento por turno, informou que vai avaliar o pedido. A Unaerp, com dois médicos por turno, comentou o convênio em nota, mas não respondeu se vai ampliar o número. A assessoria da Barão disse apenas que o responsável pelo convênio estava em viagem.
A falta de plantonistas no final de semana foi causada pela recusa dos médicos de fazer horas extras. Eles disputam há dois meses uma "queda de braço" com a prefeitura por aumento salarial.
Para minimizar o caos anunciado, a prefeitura deslocou pediatras das distritais para a UBDS Central. Sem médicos, as unidades da Vila Virgínia, Castelo Branco e Quintino Facci 2, enviaram os pacientes de van para a unidade central, lotada.
"O fim de semana foi horrível. Se atendemos 800 a 1.000 pessoas no final de semana, neste fim de semana atendemos o dobro", disse o gerente da UBDS Central, Celso Luiz Lopes.
Ontem, a superlotação se repetiu. Na unidade central, Vanderlei Pereira de Souza, 36, esperava para ser atendido havia cinco horas.
Os médicos votam amanhã a proposta do Ministério Público à prefeitura que eleva em R$ 630 o prêmio de produtividade dos profissionais. "Mas não vamos esperar. Vamos reforçar as equipes", disse o secretário da Saúde, Stenio Miranda.
A secretaria também convocou 27 médicos inscritos em concurso, que oferecia 40 vagas.


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