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FOCO
Ribeirão registra o dobro de crianças pedintes nas férias
DE RIBEIRÃO PRETO
O número de crianças e
adolescentes flagrados por
assistentes sociais da Prefeitura de Ribeirão Preto pedindo esmolas ou vendendo
produtos praticamente dobrou neste mês de férias, se
comparado a outros meses.
Segundo a coordenação
do programa Pedagogia de
Rua, da Secretaria da Assistência Social, de 18 a 20
crianças foram abordadas
neste mês. Normalmente, de
10 a 12 crianças por mês são
flagradas pela equipe.
De acordo com a coordenadora do programa, Elaine
Cristina Daneze, as férias favorecem a mendicância. "As
crianças deixam de usar a
rua como um lugar de brincadeira para pedir esmola."
As assistentes lidam com
outro problema: há menores
de idade pedintes que vêm
de outras cidades da região,
como Sertãozinho, Serrana,
Barrinha e Pitangueiras.
Neste mês, a equipe abordou três menores vindos de
Sertãozinho, com idades entre 12 e 14 anos. Às assistentes eles disseram que vão e
voltam de ônibus. Um deles
disse que dorme na rua.
Pelo ECA (Estatuto da
Criança e do Adolescente), a
partir dos 12 anos, qualquer
pessoa pode viajar sozinha
de ônibus, sem precisar da
autorização dos pais.
Além dos garotos pedintes
já conhecidos, neste mês, o
programa abordou mais três
novos casos.
Os garotos chegam a ganhar de R$ 50 a R$ 70 por dia
com a venda de produtos ou
olhando carros. Já as crianças que pedem esmolas podem lucrar até R$ 90.
Resta às equipes o trabalho de convencer as crianças
a deixar a rua. Isso porque
nenhuma autoridade, além
dos pais, pode tirar à força
um garoto da rua.
"Por isso que é tão importante não dar esmolas. As
pessoas compram por dó, para a criança acabar com seu
estoque e poder ir embora,
mas elas disfarçam e voltam
a vender", disse Daneze. Denúncias podem ser feitas pelo telefone 161.
(JC)
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