Ribeirão Preto, Sexta-feira, 22 de Julho de 2011

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Expulsos há 18 dias, sem-teto esperam por decisão judicial

Ex-moradores da extinta favela da Família ocuparam terreno vizinho

DE RIBEIRÃO PRETO

Três semanas após serem expulsas da favela da Família, cerca de cem famílias permanecem instaladas em um terreno a menos de cem metros do local de onde foram retiradas, no Jardim Aeroporto, em Ribeirão Preto.
Os ex-moradores da extinta favela devem permanecer no terreno particular até que tenham uma decisão da Justiça sobre a ação civil ajuizada pela Defensoria Pública.
Segundo o líder do grupo, Aldair Ribeiro da Silva, os sem-teto continuam contando com doações de vizinhos para se alimentar.
"O problema é que as doações estão enfraquecendo e não temos recebido ajuda da prefeitura", disse Silva.
As famílias foram cadastradas pela Defensoria na semana passada. Os dados foram usados para embasar uma ação civil pública que pretende agilizar a decisão judicial que pode exigir da prefeitura que os sem-teto sejam instalados numa escola do bairro.
A Defensoria pede que as famílias fiquem em um colégio por, no máximo, 30 dias. Após esse período, a prefeitura terá de oferecer abrigo ou custear o aluguel.
Depois da expulsão das famílias, a prefeitura ofereceu abrigo na Cetrem, central de triagem para migrantes e moradores de rua, mas todos os sem-teto recusaram.
De acordo com o defensor Aluísio Ruggeri Ré, a ação não havia sido julgada até ontem à tarde.


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