Ribeirão Preto, Sábado, 22 de Outubro de 2011 |
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Por mês, dez focos de favela surgem na cidade Embora demolidos, núcleos voltam a ser erguidos, segundo a prefeitura Ontem, um barraco já tinha surgido na mesma região onde um foco de favela foi destruído na última terça-feira
ANA SOUSA DE RIBEIRÃO PRETO Erguidos com lona e madeira, dez focos de favela de até dez barracos são identificados e demolidos todos os meses pela Fiscalização-Geral de Ribeirão Preto. A maioria dos núcleos se concentra na zona norte e, embora destruídos, não raramente voltam a ser erguidos. Na última terça-feira, a fiscalização destruiu 15 barracos montados na favela do Brejo, que, segundo um boletim de ocorrência registrado pela Polícia Militar, eram habitados por moradores do conjunto Wilson Toni. Ontem, a Folha encontrou um novo barraco erguido às margens do córrego Tanquinho, na mesma região onde o núcleo havia sido destruído três dias antes. A Prefeitura de Ribeirão Preto nega, por meio de nota, que moradores transferidos para o conjunto habitacional tenham deixado suas casas para retornar à favela. O chefe da Fiscalização-Geral, Osvaldo Braga, afirmou que os barracos são erguidos por usuários de drogas -inclusive de municípios da região, como Jaboticabal, Cravinhos e Batatais- e moradores que se recusam a ficar na Cetrem (central de triagem do morador de rua). Para o ex-juiz João Gandini, coordenador do projeto Moradia Geral e cotado para concorrer à prefeitura pelo PT, retirar os moradores dos núcleos sem um planejamento é "enxugar gelo". Gandini disse que é preciso pensar em planos de curto, médio e longo prazo para evitar o ciclo de manutenção de moradores de rua. Ribeirão tem 26 mil habitantes em favelas, distribuídos em 43 núcleos, segundo levantamento da Cohab. Próximo Texto: Aeroporto ainda tem entulho de favela removida Índice | Comunicar Erros |
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