Ribeirão Preto, Segunda-feira, 23 de Fevereiro de 2009

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Batatais

Enredo sobre café levanta o público durante desfile

Unidos da Liberdade, fundada há cinco anos, surpreende no sambódromo

Apuração das notas dos jurados do mais tradicional Carnaval da região será hoje à tarde; campeãs voltam a desfilar amanhã

Silva Junior/Folha Imagem
Acadêmicos do Samba representa Dragões da Independência

JULIANA COISSI
ENVIADA ESPECIAL A BATATAIS

Um desfile marcado pelo luxo das fantasias tornou a apresentação da Unidos da Liberdade uma das preferidas do público, que aplaudiu e cantou com a escola anteontem, no primeiro dia de desfile das escolas de samba de Batatais, que faz o mais tradicional Carnaval de rua da região.
A escola apresentou enredo sobre a história do café, com luxo que se notava nos guerreiros africanos da comissão de frente. O abre-alas, com esculturas de elefantes e sem economizar nas fantasias dos destaques, homenageava a África, onde o grão de café foi descoberto.
O enredo também remeteu o café à política do café-com-leite. A escola deixou a pista sem grandes falhas, em 50 minutos.
Além da Riachuelo, escola que abriu o desfile, passou pelo sambódromo a Acadêmicos do Samba que, apesar do alto investimento em fantasias, teve problemas com dois carros alegóricos e quase estourou o tempo máximo, de uma hora. O investimento das seis escolas da cidade soma R$ 400 mil.
A Riachuelo entrou na avenida para narrar a criação dos elementos fogo, ar, água, terra e amor. Da multiplicidade de cores que o tema sugere, a escola optou por um carro negro como abre-alas.
A cor azul destacou-se na bateria, que representava o mar. Flávio Cipriano, 34, o mestre Salim, pôs de joelhos a bateria, com uma série de paradinhas, mas as coreografias das ondas do mar terminaram descoordenadas. A escola precisou acelerar, ao fim, e encerrou seu desfile com 55 minutos.
Vice-campeã do último Carnaval e detentora de três títulos, a Acadêmicos do Samba encerrou a primeira noite com uma homenagem à história do Brasil. Os navegadores da comissão de frente içaram as velas em suas fantasias.
Em frente ao primeiro grupo de jurados, o carro abre-alas travou, por causa de serpentinas jogadas na avenida. Outro carro também com problemas seguiu torto no desfile. Uma porta-bandeira desfilou sem o enfeite de coroa na cabeça, assim como duas passistas que precisaram tirar seus enfeites.
Nenhuma das três escolas desfilou com menos integrantes que o exigido: 230. Duas destaques passaram mal e saíram de ambulância do sambódromo da cidade.
Ontem à noite, desfilariam as escolas Império do Samba, Unidos do Morro e Castelo, campeã do ano passado. A campeã deste ano será conhecida hoje, durante apuração no próprio sambódromo, às 15h.


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