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Sem monitores, 900 crianças têm aulas culturais suspensas
Atividades do Centro Cultural Campos Elíseos, planejadas para recomeçar ontem, dependem de um novo convênio
Prefeitura de Ribeirão Preto disse que já firmou um acordo com a ONG Projeto Guri, que deverá assumir
os cursos de música
LEANDRO MARTINS
DA FOLHA RIBEIRÃO
Pais de alunos do Centro
Cultural Campos Elíseos, mantido pela Prefeitura de Ribeirão, foram pegos de surpresa
com a informação de que as aulas de música e dança previstas
para retornar ontem não seriam realizadas. O contrato entre a administração e os professores venceu em dezembro e,
sem a chance de renovação, os
cursos foram parados.
Os pais planejam para hoje
uma manifestação, às 9h, para
que o atendimento aos 900 alunos não pare. "Os próprios professores nos informaram, na
sexta-feira, que as aulas não
voltariam hoje. Pegou totalmente de surpresa", disse a dona de casa Elaine Magalhães,
cuja filha Dara, 8, faz aulas de
piano há três anos na unidade.
Ela disse que a informação
fornecida pelos professores é
que ontem e hoje seriam feitos
testes com os alunos e que apenas os que passassem nos exames seriam transferidos para
aulas na Vila Tecnológica.
A Folha esteve ontem no
centro cultural e encontrou os
alunos nos testes. Segundo o
apurado, os exames são comuns durante o início do ano
para avaliar o estágio de cada
aluno. Porém, mães de estudantes ouvidas pela reportagem também confirmaram a
preocupação sobre a possibilidade de fechamento do centro.
"O curso aqui é muito bom, é
de graça, tem ótimos professores. A gente vai lutar para isso
[fechamento] não acontecer",
disse a balconista Nilcemara
Aparecida da Silva Rossi, 34,
cuja filha Larissa, 12, estuda
piano há quatro anos.
A secretária da Cultura de
Ribeirão, Adriana Silva, disse
que as aulas não recomeçaram
ontem porque os contratos
com 21 monitores venceram
em dezembro e não podiam
mais ser renovados.
Silva disse que a prefeitura já
acertou a formalização de um
convênio com a ONG Projeto
Guri para que o atendimento às
900 crianças continue. Segundo a secretária, a ONG ficará
responsável pelas aulas para
alunos em níveis iniciais.
Já os alunos em estágio
avançado devem ser atendidos
pelos mesmos monitores de
antes, que serão contratados
por convênio com a Associação
Cultural Quarteto de Cordas.
Segundo Silva, não foi aberto
concurso para contratar os
professores por falta de recursos no Orçamento deste ano.
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