Ribeirão Preto, Sábado, 23 de Julho de 2011

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Açúcar de Ribeirão é barrado em MG

Secretaria de Estado da Saúde proibiu a venda de cinco marcas, dentre elas a ribeirão-pretana Campo Doce

Ministério Público Estadual recomendou medida porque havia materiais metálicos misturados ao produto


ELIDA OLIVEIRA
DE RIBEIRÃO PRETO

Cinco marcas de açúcar, entre elas uma de Ribeirão, tiveram as vendas paralisadas ontem em Minas Gerais após determinação da Secretaria de Estado da Saúde.
A interdição cautelar se baseia na recomendação do Ministério Público Estadual após análise das marcas indicarem a presença de materiais metálicos, como ferro.
De acordo com a Secretaria da Saúde de MG, foi solicitada à Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) uma inspeção nas usinas de refino de açúcar cristal, já que ficam em outros Estados, como São Paulo e Goiás.
A venda da marca Campo Doce, da empresa Quality Sugar -comprada pela Açucareira Flora-, de Ribeirão Preto, está suspensa em MG.
A análise técnica da Polícia Civil detectou a presença de ferro, disse a presidente da Adeccom (Associação de Defesa do Consumidor do Centro-Oeste de Minas Gerais), Tereza Lada.
A associação foi a responsável por encaminhar as denúncias à Promotoria.
Segundo o laudo, os metais estavam "distribuídos uniformemente em toda a extensão" do produto, mas sem determinação da quantidade de contaminantes.
Outra marca embalada em MG, a Maxçúcar, da Absoluta, também teve o produto avaliado pela Polícia Civil -havia 0,6 gramas de ferro, níquel e cobalto.
Outras três marcas embaladas em MG tiveram as análises confirmadas pela Funed (Fundação Ezequiel Dias).
No açúcar Doce Mel, da World Brasil, havia partículas de ferro com tamanhos de 2 mm a 9 mm.
Na marca Bonzão havia partículas metálicas com tamanhos de 1 mm a 5 mm e, na Tip Top, de 1 mm a 2 mm -ambas são embaladas pela empresa Mercavale.
De acordo com a Anvisa, um decreto e uma portaria regulamentam a presença de materiais contaminantes nos alimentos -nas marcas avaliadas, eles estavam acima do que é permitido.

OUTRO LADO
O gerente da Açucareira Flora, Eduardo Levi de Souza, disse que não recebeu a notificação com os laudos e afirmou que o açúcar que produz segue a legislação.
Segundo Souza, todo o açúcar que chega da usina passa por uma peneira antes de ser empacotado.
Procurada pela reportagem, a World Brasil não quis se pronunciar sobre o caso. A Folha não conseguiu ouvir as demais marcas.


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