Ribeirão Preto, Domingo, 23 de Agosto de 2009

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Novato "sofre" no camping da Festa do Peão

Inexperiência deixa acampados sem alimentação e roupas, ante a estrutura levada pelos acampados "profissionais"

Grupo de gaúchos viaja 1.850 quilômetros, fica sem roupas e comida e tem dificuldade para montar a barraca no camping

DOUGLAS SANTOS
ENVIADO ESPECIAL A BARRETOS

Chegar ao camping antes do início da festa, preparar o local, planejar, fazer lista do que levar, pedir férias ou folga e não esquecer nada são cuidados que os veteranos tomam ao acampar na Festa do Peão de Boiadeiro de Barretos, que hoje conclui seu primeiro final de semana. Enquanto isso, os novatos faltam do trabalho sem avisar ninguém e sempre deixam algo para trás.
A inexperiência atingiu um grupo de quatro amigos gaúchos que planejou por quatro anos ir a Barretos, mas deixou tudo para a última hora -o planejamento foi por água abaixo. Marlon Diogo, 20, Leandro Loureiro, 22, Arlon Diogo, 23, e Vagner Veiga, 28, partiram na última quinta de Rio Grande (RS), distante 1.850 quilômetros de Barretos, e chegaram a Barretos no dia seguinte, com pouca roupa, sem comida e sem jeito para montar a barraca.
Segundo Veiga, os três amigos foram à sua casa pedir uma mala. "Quando vi, estavam enchendo com minhas roupas. Fui pego de surpresa." Todos usam roupas típicas gaúchas.
O grupo inexperiente foi logo socorrido. "Assim que chegamos, veio bastante gente perguntar se a gente precisava de algo", disse Loureiro.
Outro grupo "desajeitado" partiu de Pedreira. Num Fusca, os quatro amigos levaram cinco horas para chegar a Barretos, após se perderem no caminho. A churrasqueira foi improvisada com tijolos, a grelha é emprestada, e os bancos do Fusca foram retirados para terem onde sentar.
O grupo, que fica até hoje, nem sabe os shows do final de semana. "Decidimos em Maio, mas nunca acampamos", disse Rafael Santos. Os quatro, juntos, levaram mais de uma hora para armar a barraca, o que acampados experientes fazem em dez minutos.
Por outro lado, nas barracas incrementadas, como a do contador Alus Eccard, 47, há até freezer. "A gente se prepara com antecedência", disse ele, que está em sua oitava festa.
Nas maiores barracas, é possível perceber grande estrutura. A atendente Catiana Andrade, 26, é um exemplo. Em sua quarta festa, disse que logo que termina uma festa começa a pensar na próxima. Sua barraca tem fogão, mesas e cadeiras.


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