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Sem patrocínio, equipe feminina de Ribeirão Preto, campeã Sul-Americana de 93, luta para continuar jogando
Recra busca sobrevivência na tradição
da Reportagem Local
Com um currículo que inclui
dois títulos Paulistas, um Brasileiro e um Sul-Americano, conquistados em um curtíssimo período
de tempo, a Recreativa busca na
sua tradição o incentivo para a sobrevivência no vôlei feminino.
Filiado à Federação Paulista de
Voleibol há cerca de 40 anos, o
clube passa hoje por sérias dificuldades financeiras decorrentes da
falta de patrocínio.
As jogadoras do time ganham
apenas uma ajuda de custo e um
pool de empresários de Ribeirão
Preto auxilia o clube nas despesas
com o Campeonato Paulista. O time jogaria ontem contra o Leites
Nestlé, em Jundiaí.
Nos três primeiros jogos disputados, duas derrotas.
"Essa é uma situação que não é
qualquer um que pode passar,
principalmente se levarmos em
conta o estágio atual de profissionalização do esporte, mas a situação do país mostra que está difícil
para todos", disse o técnico Antonio Rizola Neto.
Segundo ele, o time está dando
atualmente uma demonstração de
coragem ao se manter vivo sem
patrocínio. "Teria sido mais fácil
fechar, mas sabemos da importância que o vôlei tem para a cidade."
Como exemplo dessa importância, Rizola cita o fato de o vôlei feminino ser o esporte com o maior
número de praticantes entre
crianças e jovens em Ribeirão.
"Só na Cava do Bosque, quase
200 jovens de idades variadas praticam vôlei nas escolinhas. Isso
prova que acabar com um time
significa acabar com todo um contexto social à sua volta", disse.
Entre as jogadoras, o clima é o de
superação a cada jogo. "Na hora
em que entramos em quadra, esquecemos das dificuldades e damos tudo o que temos de melhor",
afirmou a atacante Olga.
"Estamos fechadas em um
ideal", disse Leca.
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