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Limpeza sofre atraso em São Carlos
Atraso no pagamento de salários motivou prefeitura a romper contrato; varrição fica comprometida
LEANDRO MARTINS
DA FOLHA RIBEIRÃO
O rompimento do contrato
entre a Prefeitura de São Carlos
e a empresa Madri Saneamento
Ambiental tem comprometido
os serviços de varrição de ruas,
roçagem de áreas verdes e retirada de entulhos. O contrato foi
cancelado pela prefeitura depois que a Madri atrasou os salários dos 108 trabalhadores
responsáveis pelos serviços.
A prefeitura realocou 35 servidores públicos para o trabalho, mas reconhece que o número é insuficiente e que, por
isso, a limpeza ficará comprometida. "Sem dúvida vai afetar
porque a diferença no número
de funcionários é grande", afirmou o secretário de Serviços
Públicos de São Carlos, Nivaldo
Sigoli. A coleta de lixo não está
comprometida porque não tem
vínculo com o contrato rompido.
A Madri Saneamento tinha
contrato com a prefeitura desde o ano passado e o acordo vinha sendo renovado a cada quatro meses. A prefeitura já havia
emitido dez notificações para a
empresa por vários motivos,
como falta de equipamentos de
proteção individual para os trabalhadores e de combustível
para o maquinário que era utilizado no serviço. "Entre agosto e
setembro, a situação se agravou
com o atraso nos salários e ficou insustentável", afirmou.
Como alternativa, a prefeitura vai abrir um pregão emergencial para contratar por três
meses uma nova empresa que
ficará responsável pelos serviços. Paralelamente, uma licitação já foi aberta para que seja
firmado um contrato pelo período de um ano, cuja empresa
vencedora vai substituir aquela
que assumir os serviços emergenciais. Como o resultado do
pregão emergencial deve sair
apenas em 15 dias, o secretário
reconhece que haverá deficiência nos serviços de limpeza no
período.
A administração providenciou cestas básicas para os 108
trabalhadores e o Sindicato dos
Empregados em Asseio e Conservação deve entrar com ação
na Justiça para que cerca de R$
147 mil que a empresa ainda tinha para receber sejam bloqueados para o pagamento dos
salários. O contrato entre a Madri e a Prefeitura de São Carlos
era de R$ 735 mil, pelo período
de quatro meses. A Folha tentou ouvir representantes da
Madri, sediada em São Paulo,
mas não conseguiu contato.
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