Ribeirão Preto, Quarta-feira, 23 de Setembro de 2009

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Limpeza sofre atraso em São Carlos

Atraso no pagamento de salários motivou prefeitura a romper contrato; varrição fica comprometida

LEANDRO MARTINS
DA FOLHA RIBEIRÃO

O rompimento do contrato entre a Prefeitura de São Carlos e a empresa Madri Saneamento Ambiental tem comprometido os serviços de varrição de ruas, roçagem de áreas verdes e retirada de entulhos. O contrato foi cancelado pela prefeitura depois que a Madri atrasou os salários dos 108 trabalhadores responsáveis pelos serviços.
A prefeitura realocou 35 servidores públicos para o trabalho, mas reconhece que o número é insuficiente e que, por isso, a limpeza ficará comprometida. "Sem dúvida vai afetar porque a diferença no número de funcionários é grande", afirmou o secretário de Serviços Públicos de São Carlos, Nivaldo Sigoli. A coleta de lixo não está comprometida porque não tem vínculo com o contrato rompido.
A Madri Saneamento tinha contrato com a prefeitura desde o ano passado e o acordo vinha sendo renovado a cada quatro meses. A prefeitura já havia emitido dez notificações para a empresa por vários motivos, como falta de equipamentos de proteção individual para os trabalhadores e de combustível para o maquinário que era utilizado no serviço. "Entre agosto e setembro, a situação se agravou com o atraso nos salários e ficou insustentável", afirmou.
Como alternativa, a prefeitura vai abrir um pregão emergencial para contratar por três meses uma nova empresa que ficará responsável pelos serviços. Paralelamente, uma licitação já foi aberta para que seja firmado um contrato pelo período de um ano, cuja empresa vencedora vai substituir aquela que assumir os serviços emergenciais. Como o resultado do pregão emergencial deve sair apenas em 15 dias, o secretário reconhece que haverá deficiência nos serviços de limpeza no período.
A administração providenciou cestas básicas para os 108 trabalhadores e o Sindicato dos Empregados em Asseio e Conservação deve entrar com ação na Justiça para que cerca de R$ 147 mil que a empresa ainda tinha para receber sejam bloqueados para o pagamento dos salários. O contrato entre a Madri e a Prefeitura de São Carlos era de R$ 735 mil, pelo período de quatro meses. A Folha tentou ouvir representantes da Madri, sediada em São Paulo, mas não conseguiu contato.


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