ALESSANDRO BRAGHETO
enviado especial a Cravinhos

Os cerca de 16 mil eleitores de Cravinhos vão hoje às urnas para escolher o oitavo prefeito da cidade em um período de dez anos.
Desde 1989, quando José Amoroso (PDT) assumiu seu primeiro mandato, sendo afastado pela Câmara em 91, a população da pequena Cravinhos (a cidade tem 25 mil habitantes) viu nascer uma era de indefinição e reviravoltas políticas.
Nos últimos dez anos, três prefeitos eleitos, dois vices e dois presidentes de Câmara passaram pelo comando da prefeitura.
Segundo o TRE (Tribunal Regional Eleitoral), a eleição de hoje em Cravinhos é a segunda ocorrida "fora de época" no Estado nos últimos dois anos. A anterior foi em Rio Grande da Serra (Grande São Paulo), em 19 de julho de 98.
Hoje, os candidatos Antonio Mariano da Silva (PFL), o Mariano, José Augusto Gallan Fernandes (PMDB), o Grilo, e Francisco Vessi (PL) irão disputar voto a voto o direito de governar a cidade até 2000 e completar o mandato iniciado por Amoroso em 96.
Cassado pela Câmara em dezembro de 97 sob acusação de irregularidades administrativas, Amoroso deu lugar à sua filha Eliana Pavan Amoroso (PDT), na época vice-prefeita, que também foi cassada, nove meses depois.
Com o afastamento dos dois, o cargo de prefeito foi declarado vago, assumindo a prefeitura o então presidente da Câmara José Francisco Ferdinando (PSDB), atual chefe do Executivo e candidato a vice-prefeito na chapa encabeçada por Grilo.
Na plataforma eleitoral dos três candidatos foi priorizado o "combate ao desperdício do dinheiro público", uma das principais causas da dívida da prefeitura, de R$ 4 milhões.
Além da dívida, o prefeito eleito hoje terá de encarar problemas na área da saúde, educação, transporte e saneamento, resquícios da falta de continuidade nas administrações passadas.



Próximo Texto | Índice