Ribeirão Preto, Sábado, 24 de Abril de 2010

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CDP de Franca é aberto com 1 ano de atraso

Unidade, que tem 768 vagas, receberá presos não condenados da região; transferências começam na semana que vem

Complexo, construído ao lado da Fundação Casa, vai esvaziar Cadeia Pública do Jardim Guanabara, que deverá abrigar mulheres

PAULO GODOY
ENVIADO ESPECIAL A FRANCA

Ao custo de R$ 29 milhões -R$ 4 milhões a mais que o previsto na licitação inicial- e com um ano de atraso no cronograma de obras, a Secretaria de Estado da Administração Penitenciária entregou ontem o CDP (Centro de Detenção Provisória) de Franca.
A unidade, com 768 vagas, vai receber presos não condenados da região, abrigados em cadeias públicas e outras prisões do Estado. Na cerimônia de inauguração, o prefeito Sidnei Franco da Rocha (PSDB) disse que os políticos normalmente não gostam de presídios, mas defendeu a construção. "Se há delinquentes, eles precisam ficar em algum lugar", afirmou.
Concebido para acabar de vez com a Cadeia do Guanabara, o CDP foi idealizado há mais de cinco anos, ainda na gestão do ex-governador tucano Geraldo Alckmin. Após anunciada, a obra sofreu revezes seguidos. A falta de licenças ambientais para a ocupação de uma área pública do município quase impediu a construção.
O destino mais provável para a Cadeia do Guanabara deve ser sua transformação em unidade feminina. Após reformas, o prédio receberá presas da região, principalmente de Batatais. Segundo o secretário Antonio Ferreira Pinto, da Segurança Pública, essa ocupação será por tempo determinado.
Já Lourival Gomes, da SAP, disse que existe a possibilidade de o local se transformar em um presídio feminino, administrado por sua secretaria.
O CDP segue o modelo de construções recentes para centros de detenção provisória no Estado. O prédio, nas cores azul e creme, tem oito alas, com oito celas para 12 presos cada uma e pátios isolados. Há ainda 12 outras celas chamadas de "seguro", para presos em situação de risco. Nos banheiros, não há cortinas, fios ou canos aparentes. Também não há sistema de vigilância por câmeras nos corredores. Embora não sejam obrigados, os internos, que virão de ao menos 26 localidades, poderão trabalhar para empresas que atuarão no complexo.


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