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CDP de Franca é aberto com 1 ano de atraso
Unidade, que tem 768 vagas, receberá presos não condenados da região; transferências começam na semana que vem
Complexo, construído ao lado da Fundação Casa, vai esvaziar Cadeia Pública do Jardim Guanabara, que deverá abrigar mulheres
PAULO GODOY
ENVIADO ESPECIAL A FRANCA
Ao custo de R$ 29 milhões
-R$ 4 milhões a mais que o
previsto na licitação inicial- e
com um ano de atraso no cronograma de obras, a Secretaria
de Estado da Administração
Penitenciária entregou ontem
o CDP (Centro de Detenção
Provisória) de Franca.
A unidade, com 768 vagas, vai
receber presos não condenados
da região, abrigados em cadeias
públicas e outras prisões do Estado. Na cerimônia de inauguração, o prefeito Sidnei Franco
da Rocha (PSDB) disse que os
políticos normalmente não
gostam de presídios, mas defendeu a construção. "Se há delinquentes, eles precisam ficar
em algum lugar", afirmou.
Concebido para acabar de
vez com a Cadeia do Guanabara, o CDP foi idealizado há mais
de cinco anos, ainda na gestão
do ex-governador tucano Geraldo Alckmin. Após anunciada, a obra sofreu revezes seguidos. A falta de licenças ambientais para a ocupação de uma
área pública do município quase impediu a construção.
O destino mais provável para
a Cadeia do Guanabara deve ser
sua transformação em unidade
feminina. Após reformas, o
prédio receberá presas da região, principalmente de Batatais. Segundo o secretário Antonio Ferreira Pinto, da Segurança Pública, essa ocupação
será por tempo determinado.
Já Lourival Gomes, da SAP,
disse que existe a possibilidade
de o local se transformar em
um presídio feminino, administrado por sua secretaria.
O CDP segue o modelo de
construções recentes para centros de detenção provisória no
Estado. O prédio, nas cores azul
e creme, tem oito alas, com oito
celas para 12 presos cada uma e
pátios isolados. Há ainda 12 outras celas chamadas de "seguro", para presos em situação de
risco. Nos banheiros, não há
cortinas, fios ou canos aparentes. Também não há sistema de
vigilância por câmeras nos corredores. Embora não sejam
obrigados, os internos, que virão de ao menos 26 localidades,
poderão trabalhar para empresas que atuarão no complexo.
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