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Feira do Livro ganha "banco antiadolescente" por 2 horas
Assentos foram bloqueados com a ajuda de grades de ferro e placas de madeira
Bloqueio foi desfeito depois de contato da reportagem; livreiros se queixam da aglomeração e bagunça dos jovens pelos corredores
DA FOLHA RIBEIRÃO
Se por um lado, a presença
das crianças está sendo incentivada com diversos espetáculos,
que estão lotando, os adolescentes não são tão benvindos
na 9ª Feira do Livro de Ribeirão
Preto. Ontem à tarde, foram
criados "bancos antiadolescentes" para evitar a aglomeração
de estudantes nos corredores
da praça 15 de Novembro.
Grades foram postas nos assentos para impedir que os garotos e garotas se sentassem.
Meia hora depois de a reportagem fotografar os bloqueios, todos foram retirados.
A iniciativa lembra o banco
"antimendigo" instalado na
praça da República, em São
Paulo, pela gestão do prefeito
Gilberto Kassab (DEM) em
2007. Lá, os bancos tinham divisórias de ferro que impediam
que uma pessoa se deitasse. O
episódio gerou polêmica.
A concentração de adolescentes no corredores do evento
é a principal reclamação dos
donos de livrarias -eles dizem
que os jovens espantam os
clientes. Ontem, os bancos foram bloqueados com grades de
ferro e placas de madeira.
A autoria da ideia é um mistério: tanto a organização da
feira como a Guarda Civil Municipal disseram não saber
quem instalou as grades. Sugeriram que a iniciativa partiu
dos próprios vendedores nos
estandes. Livreiros também
disseram não ter nada com isso.
A presidente da Fundação
Feira do Livro, Isabel de Farias,
disse à reportagem que assim
que foi avisada do bloqueio, pediu que fosse desfeito. Por pouco tempo: a organização deve
instalar balcões na frente dos
bancos a partir de hoje.
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